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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Concursos homologados até dia 7 garantem nomeações o ano todo

Lei eleitoral restringe nomeações na esfera em que ocorrem as eleições.
Restrição é feita nos três meses que antecedem a eleição até a posse.

Marta Cavallini Do G1, em São Paulo
 
Concursos (Foto: Reprodução)Ano de eleições não restringe realização de
concursos (Foto: Reprodução)
A realização de concursos públicos e a posse de aprovados não são proibidas em ano eleitoral. A lei das eleições (9.505/97), artigo 73, restringe apenas a nomeação, contratação ou admissão do servidor público nos três meses que antecedem o pleito até a posse dos eleitos (de 7 de julho de 2012, pois a eleição será em 7 de outubro, até 1º de janeiro de 2013), restrição esta feita à esfera em que ocorre a eleição, no caso deste ano, somente no âmbito municipal.
Mas caso a homologação do concurso municipal (quando é divulgada a relação final de candidatos aprovados) seja feita até três meses antes das eleições, ou seja, até 7 de julho deste ano, as nomeações podem ocorrer em qualquer período do ano. Já em âmbitos federal e estadual, as nomeações ocorrem sem restrições. Nesse período é proibido ainda demitir o servidor.

De acordo com o promotor de Justiça eleitoral e Justiça criminal e autor do livro "Direito Eleitoral, Série Provas e Concursos”, da Editora Campus/Elsevier, Francisco Dirceu Barros, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entende que a regra deve ficar restrita à esfera em que ocorre o pleito. Como este ano haverá eleições municipais, ficam liberadas no decorrer do ano todas as nomeações nos estados e na União. O contrário ocorrerá em 2014, quando haverá eleições para presidente, senador e deputados federais e estaduais. Aí então somente os municípios poderão fazer nomeações de aprovados em concursos no decorrer do ano.
IgualdadeSegundo Barros, o objetivo da lei é proporcionar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais, evitar apadrinhamentos eleitorais, impedindo que a nomeação seja trocada por votos, e impedir perseguições por politicagem, ou seja, que a opção do eleitor não seja obstáculo ao seu ingresso no serviço público.

“O impedimento tem como objetivo impedir a barganha que está na pressão pelo chamamento. Tem que seguir a sequência da classificação e o candidato deve ficar atento a isso. Se a pessoa for lesada e for preterida por outro candidato que passou atrás dela, pode entrar com mandado de segurança que haverá direito líquido e certo para ser nomeada”, diz.

Segundo Barros, caso a lei não seja cumprida, o concurso não será anulado, pois não existe impedimento para a realização das provas em ano de eleição. Mas o promotor diz que pode haver sanções para o servidor e para a administração, como anulação da nomeação e multa para o administrador público. Em caso de reincidência, as multas são duplicadas. O ato pode ainda caracterizar improbidade administrativa e o administrador público pode até perder o cargo, de acordo com o promotor.

ExceçõesA lei, entretanto, abre exceções às nomeações. No período que vai dos três meses que antecedem o pleito até a posse dos eleitos, pode haver nomeação para cargos do Judiciário, do Ministério Público Estadual e Federal , de todos os tribunais, Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República, como a Advocacia Geral da União; e a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, vinculados à sobrevivência, saúde e segurança da população. Mas para isso é necessária autorização prévia e expressa do chefe do Executivo.

Barros diz que é mais comum a restrição não ser respeitada no âmbito municipal, quando as eleições são para prefeito e vereador. “Os prefeitos são mais desinformados ou querem fazer a nomeação por troca de voto. Há ainda casos em que eles não nomeiam justamente para chantagear e negociar o voto. O candidato pode denunciar o prefeito por improbidade administrativa. Não pode barganhar cargo por voto”, diz. O Ministério Público é responsável pela fiscalização.


Fonte:http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2012/07/concursos-homologados-ate-dia-7-garantem-nomeacoes-o-ano-todo.html

Vereadores de 13 municípios do Vale do Jequitinhonha aumentam seus salários. Principalmente os de cidades pequenas

 

 E o Sálario do povo ainda vai para votação????

Em Pedra Azul, povo impediu que vereadores aumentassem seus salários

Foto: Divulgação Vereadores de 13 municípios do Vale do Jequitinhonha aumentam seus salários
Tramita no Senado uma proposta de emenda à Constituição que extingue o vencimento de vereadores de cidades com até 50 mil habitantes
O TCE - Tribunal de Contas de Minas Gerais determinou que as Câmaras Municipais têm prazo até 07 de outubro para apresentar projetos de reajustes de seus vencimentos, para vigorar a partir de 01 de janeiro de 2013.
 
 
Treze municípios do Vale do Jequitinhonha já adiantaram o expediente,  aumentando seus ganhos, de prefeitos e vices.
 
Um belo exemplo foi dado pelo povo de Pedra Azul, no Baixo Jequitinhonha, no nordeste de Minas, a 90 km de Almenara.
 
Na segunda e terça-feira, 03 e 04 de setembro, a população ocupou literalmente o plenário do Poder Legislativo Municipal
 
Isso se deu devido à mobilização convocada pelas redes sociais por jovens e outros cidadãos indignados com o poder autoritário de representantes políticos que pretendiam aumentar seus próprios vencimentos
 
 
Os serviços prestados por vereadores, na maioria dos municípios, se resumem a duas reuniões por mês.
 
Todos eles, sem precisar de nenhuma formação acadêmica e sem prestação de serviços à comunidade, ganham salários acima de professores, psicólogos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, assistentes sociais, nutricionistas, bioquímicos, farmacêuticos,a médicos  e outros profissionais
graduados.
 
Por ser o parlamentar municipal, com raras exceções, um representante político que vem sendo mais auxiliar, despachante e puxa-saco do Executivo,  é uma verdadeira afronta ao cidadão o aumento salarial, dado pelo próprio beneficiado. 
 
 
Fique atento! Fiscalize os vereadores para que eles não convoquem reuniões secretas e aprovem projetos de lei com este objetivo.
 
Representante político aumenta seu respeito por cidadãos em épocas de eleições, pois seu passaporte depende deste ser humano empoderado reduzido a eleitor, de dois em dois anos.
 
 
13 Câmaras de Vereadores do Vale aprovaram aumento de seus salários 
 

Conheça os municípios em que os vereadores defenderam interesses pessoais  e reajustaram o seu próprio salário para o ano que vem:
1 - Almenara
2 - Berilo
3 - Bocaiúva
4 - Botumirim
5 - Chapada do Norte
6 - Francisco Badaró
7 - Fruta de Leite
8 - Itacambira
9 - Jenipapo de Minas
10 - José Gonçalves de Minas
11 - Minas Novas
12 - Salinas
13 - São Gonçalo do Rio Preto.
 
Procure conhecer os vereadores que votaram a favor do seu aumento salarial. Muitos deles negaram aprovação de projetos de lei de reajustes de servidores municipais.
 
Mesmo em municípios onde o projeto de lei já foi aprovado dá para entrar com uma liminar no Ministério Público Estadual, pedindo a suspensão do efeito de tal lei. Muitas dos projetos de leis aprovados são "ilegais" - fere princípios constitucionais  - por trazer no seu bojo salários diferenciados para a direção da Câmara Municipal, por exemplo.
 
Enquanto isso...mandato sem salário
 
 
Tramita no Senado uma proposta de emenda à Constituição que extingue o vencimento de vereadores de cidades com até 50 mil habitantes – o equivalente a 89,41% dos municípios brasileiros. 
 
 
Em Minas Gerais, a aprovação da matéria acabará com a remuneração de parlamentares de 787 cidades. 


No Vale do Jequitinhonha, somente o município de Salinas possui mais de 50 mil habitantes. Assim, em todos os outros municípios não haverá pagamentos pelos serviços prestados por vereadores. Se o projeto de lei for aprovado, é claro.
 
 
Pela Constituição Federal o salário deles pode chegar a cerca de R$ 3 mil, o equivalente a 15% do que é pago aos deputados estaduais.
 
A proposta do senador Cyro Miranda (PSDB-GO) começou a tramitar no final do mês passado e já conta com a adesão de 30 parlamentares e tem sido alvo de manifestações favoráveis nas redes sociais.
 
09/09/2012 - 10:30 - Fonte: Blog do Banu

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Documentação Necessária para posse em Jenipapo de Minas

 Siga o LINK   :http://www.gazzinelliconsultoria.com.br/2011/pm_jenipapodeminas/edt.pdf,  e esteja com todos os documentos em mãos , pois a posse será agora no inicio de Agosto. Obs: não se esqueça da declaração de bens....

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Concurso Público de Jenipapo de Minas _ Final Feliz

Finalmente  Jenipapo de Minas vai poder respirar mais folgado saiu hoje o resultado sobre o Concurso Público. houve areas homologadas parcialmente como Auxiliar de Consultório Odontológico;Auxiliar de Mecânico; Coveiro, Gari, Enfermeiro, Mecânico, Medico do PSF, operador de Máquina, Pedreiro, Professor da Educação Básica, Servente, Servente escolar, Técnico de laboratório e Vigia.

Fica anulado parcialmente o Concurso Público, os cargos de  de Agente administrativo, assistente social, Farmacêutico/ Bioquímico, Motorista, Nutricionista, Odontólogo e Psicologo .

A data da posse será informada em breve...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

TCC- LEITURA Nair





INTRODUÇÂO



O presente trabalho tem por finalidade conscientizar o educador de que os problemas referentes à alfabetização estão relacionados às práticas educativas, culturais e sociais.
Percebe-se que os educadores da atualidade precisam utilizar-se de todas as ferramentas, disponíveis na educação, pois sabe-se que muito já foi escrito para auxiliar o professor nesta empreitada de alfabetizar os educandos, pois nos dias atuais, saber ler e escrever é muito importante na vida de qualquer um. Em casa e fora dela, encontramos a escrita em tudo. Nos manuais de nossos aparelhos eletrônicos e domésticos, nos nomes de ruas e assim por diante.
       É importante também frisar que ler e escrever não é tudo, saber interpretar o que se lê, e serem críticos, conscientes de suas escolhas e o resultado delas para si e o próximo fará toda diferença nas demandas de  sua vida em seu dia a dia  . Tome por exemplo a vida política do país. Por ignorância política e falta de conhecimento sobre seu poder e interferência na vida social de um povo, elege-se pessoas para cargos importantíssimos no âmbito social, algumas pessoas, que com certeza vão apenas mudar seu padrão de vida, deixando um grande vazio em muitas áreas de extremo valor para a sociedade. Por exemplo, a educação. Devido a tudo isso. Aprende-se que durante os estudos, que é dever de todo educador trabalhar para que o educando se torne leitor crítico, consciente fazendo uso de todos os recursos tanto didáticos  quanto de todas as mídias. para ler mais
Quando se pesquisa sobre o assunto acha-se em quase todos os artigos, pontos em comuns e algumas informações que apenas ressalta a necessidade de, a educação oferecer todas as oportunidades para que os educandos saiam das séries iniciais lendo e procurando suas respostas em livros diversos e debatendo suas idéias uns com os outros. Nesta pesquisa fica clara a necessidade de se fazer a diferença, para sanar este débito com a sociedade. O presente trabalho baseia-se em pesquisas bibliográficas, ancorando-se nos estudos de obras de SOARES, FREIRE, FILHO, MINGUET, JOÃO BATISTA FREIRE, BRIZZOTT, AROEIRA, PORTO, PEREIRA, SILVIA, PARREIRAS, SOUZA, entre outros autores que discutem a importância da preparação profissional, o desenvolvimento da aprendizagem, e os benefícios de se valorizar o conhecimento prévio do aluno,tanto quanto procurar conhecer seus educandos e juntamente  com ales está vivenciando momentos alegres prazerosos, portanto a criança que brinca vive uma infância feliz, além de se tornar um adulto mais equilibrado física e emocionalmente conseguirá superar com facilidades problemas que possam surgiu no dia-a-dia. A pesquisa estruturou-se em quatro etapas: A primeira, um levantamento do referencial teórico referente ao tema, realizado em biblioteca, acervo pessoal, Guias de estudos FINOM e da orientadora dando base a minha pesquisa.
     Na segunda etapa, foi realizada a coleta de dados, desenvolvida mediante pesquisa, com profissionais da educação em Jenipapo de Minas, envolvendo Departamento de Educação Municipal. Escola Estadual Padre Willy e (AJENAI) Associação Jenipapense de assistência a infância, pois se trata de uma pesquisa qualitativa, onde procura compreender e interpretar os fatos em uma pesquisa cujo contato direto e prolongado do pesquisados com ambiente e a situação investigada; mediante o trabalho de campo. A terceira etapa consistiu na tabulação e analise dos dados coletadas durante a pesquisa nas instituições escolares e finalmente, na quarta etapa ocorreu à organização e estrutura material durante a pesquisa resultando na redação final do trabalho de conclusão.


 CAPITULO I

1-    OS ANOS INICIAIS DIANTE DAS PESQUISAS EDUCACIONAIS

Em pesquisa feita por Magda Soares (2008) em seu livro Linguagem e Escrita - Uma Perspectiva Social deixa transparecer que a preocupação com a qualidade de ensino não é nova, o Brasil conta com um grande número de escolas, no entanto ainda não atingiu uma escolarização de qualidade. Soares (2008) ainda complementa que: Desde 1882 até hoje em pleno século XXI vários diagnósticos e sugestões de educação popular tem estado constantemente no âmbito da política em relação à educação no Brasil.”E também desde então e até hoje esse discurso vem sempre inspirado nos ideais democráticos – liberais: o objetivo é a igualdade social e a democratização do ensino é vista como instrumento essencial para conquista desse objetivo” (SOARES, 2008, P.08).
Há urgência em tomar as rédeas da educação, formar pessoas capazes de lutar pelos seus direitos, acabar com a sensação de que o povo de baixa renda não pode ter uma educação de qualidade, e que sua estada neste país tem que ficar conhecida como dominados pelo sistema político e suas reformas, que muitas das vezes não contribui efetivamente para o crescimento de um povo, desfavorecidos de oportunidades no contexto social. Pois como nos mostra Soares (2008) em sua pesquisa o censo de 1980:


Apenas 64%,7 da população de 7 a 14anos  estava, naquele ano, matriculada no ensino de  1° grau  ( e o ensino de  1° grau, pela constituição, é obrigatório,nessa faixa de idade); ou seja: mais de 30% dos brasileiros entre 7 e 14 anos estavam fora da escola. Se se analisam os dados por Estados, encontram - se percentagens inferiores a 50%em alguns estados, e muito pouco superiores a 50% em vários outros. Em outras palavras: em muitos Estados brasileiros, cerca da metade da população entre 7 e 14 anos está fora da escola.
Em segundo lugar, e principalmente: a escola que existe é antes contra o povo que para o povo. As taxas de repetências e evasão mostram que os que conseguem entrar na escola, nela não conseguem aprender, ou mão conseguem ficar. Segundo as estatísticas de cada 1000 crianças que iniciam a 1ª série, menos da metade completa a 2ª, menos de um terço consegue atingir a 4ª, e menos de um quinto conclui o 1°grau. [...]. (SOARES, 2008, p09).


Percebe-se que pesquisas diversas foram feitas para mostrar as quantas anda a educação no âmbito nacional, esta foi realizada em 1980 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e muito bem definida por SOARES, (2008) para mostrar a realidade educacional dos alunos de 1°ao 5° ano no Brasil. Por mais que a educação tenha crescido, transformado, mudado muitos pontos de vista, as pesquisas mais recentes tem mostrado que ainda há uma defasagem em se tratando da leitura e escrita como mostra mais uma de tantas pesquisas feita em âmbito nacional, esta foi realizada em 2003 e trouxe após resultados negativos, diversas mudanças.  Tanto que Minas Gerais foi um dos primeiros estados a implantar o ensino fundamental de nove anos, procurando com isso alfabetizar as crianças mais cedo.


 A leitura, as práticas e as competências leitoras têm ocupado espaço considerável na educação e na mídia brasileira. Em 2003, o Brasil obteve desempenho insatisfatório em duas grandes pesquisas: uma de âmbito nacional - Instituto Paulo Montenegro - divulgou que 72% de jovens são alfabetos funcionais, ou seja, não sabem ler e escrever. Em outra internacional, o PISA - Programa Internacional para Avaliação de Estudantes, o país ocupou o 37°, lugar em letramento de leitura. Algumas ações têm tentado mobilizar escolas, professores, diretores e sociedade para mudar este quadro: PNLD - Programa Nacional do Trabalho Didático através dos módulos literários, o PNBE - Programa Nacional Biblioteca na Escola, campanhas como "Tempo de Leitura" e "Literatura em Minha Casa", entre outras. Estas iniciativas mostram algo em comum: a utilização de textos literários e a proposta para o uso de diversos tipos de textos nas ações voltadas para leitura. [...]. (PEREIRA, 2011)


 As recentes pesquisas mostram o quanto está debilitado o ensino em se tratando dos anos iniciais. Partindo do princípio de que os anos iniciais são a base para uma boa formação, nota-se que o ensino médio tão pouco está repleto de alunos preparados para uma disputa de igual para igual, quando vão concorrer as vagas em universidades públicas com jovens de mesma idade com formação em escolas particulares, ou participarem de outras tantas concorrências no mercado de trabalho. Dizer que alguém possui conhecimento da escrita ou de leitura, é como dizer que a pessoa possui um passaporte para outros universos, que pode com o auxilio de alguém ou sozinho visitar infinitas culturas, pois quem lê; lê o mundo e por mais distante que esteja de um determinado povo, pode dele se aproximar através de seus escritos.
Pode-se chamar de alfabetizado aquele que domina a língua culta, que no Brasil se adquire através da escolarização. Desde o momento que a criança começa a entender o que ocorre ao seu redor; ela já inicia um contato com o mundo da escrita, pois mesmo que em seu lar os pais e demais familiares não cultive o hábito de ler, ao olhar para seus aparelhos domésticos e eletrônicos, ao ligar a televisão, no decorrer da programação haverá a escrita. Por mais afastada que uma pessoa viva do meio urbano, ela terá contato com a leitura e escrita. Diante das necessidades diárias do ser humano, saber ler o torna mais independente, por exemplo, pegar uma simples condução, para aquele que lê é uma tarefa fácil, no entanto para quem não sabe se torna um fato de dependência, pois precisará de terceiros para lhe indicar o veículo correto, este é apenas um de tantos exemplos, pois para aquele que se vê no mundo da escrita e não sabe transformá-la em um instrumento de auxílio ou prazer, se sente como um cego diante da vida em sociedade.

Quando as crianças chegam ao Ensino Fun­damental, possuem um bom domínio da língua materna: sabem utilizá-la para fins de comunicação, sabem sua estrutura sin­tática e têm um adequado conhecimento do léxico. Sobre a escrita, podemos dizer que as crianças chegam à escola sabendo suas fun­ções (para que as pessoas leem e escrevem) e sua estrutura em muitos gêneros textuais, reconhecem os sinais gráficos, são capazes de fazer o reconhecimento de algumas pala­vras, etc. O trabalho pedagógico desenvol­vido na escola busca ampliar o desenvolvi­mento cognitivo e cultural das crianças. (MONTEIRO, BAPTISTA in SALTO PARA O FUTURO, p.17).


O professor precisa ter em mente, que o aluno já chega à escola, interagindo com seus colegas e a sociedade que o cerca, ele não chega à escola como um papel em branco, ou um cofre onde devem ser depositados os saberes alheios. Para que aja uma aprendizagem de fato é imprescindível que o professor respeite os conhecimentos que seus educandos trazem consigo, e com isso realmente estabelecer uma troca, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina.  O que não é nada fácil para o professor determinar logo de inicio quais as dificuldades de uma criança assim que ela é inserida no 1° ciclo, pois lhe falta o conhecimento sobre tal criança. Esse conhecimento vem com o decorrer das aulas durante as atividades. E muitas das vezes ao chegar ao termino das aulas em dezembro, dá-se a impressão que tanto os educandos quanto o professor ainda não construíram um relacionamento de intimidade e de troca. Onde se percebe que muitos professores encontram inúmeras dificuldades em saber quais são esses conhecimentos já adquiridos pelos alunos, e como usá-los para construir a aprendizagem significativa (MINGUET, p.164, 1998).

Até pouco tempo atrás o discurso era que, não havia por parte dos estudiosos, uma preocupação com o conhecimento que um aluno trazia consigo e sua utilidade em sala de aula, no entanto (Minguet 1998, p 168), nos mostra que:


Diversos trabalhos de pesquisa apud in ( Coll,Ce Valls, E.,(1992); Pozo ,J, I., Limon, M., Sanz, A, Limon, M,(1991) concordam que as causas da formação destes conhecimentos prévios frequentemente inexatos desde o ponto de vista cientifico, segundo temos observado,  são os predomínio do perceptivo, a utilização de um raciocínio casual linear e simples, a influencia da cultura e a sociedade que se manifesta especialmente na linguagem e nos meios de comunicação, e também determinadas exposições didática inadequadas que geram ideias cientificas errônea. (MINGUET, 1998, p, 164).


Onde o autor mostra que as diversas causas podem ser agrupadas em três tipos de concepções que se interagem entre si’ ‘apud in (Coll, C Valls, E, (1992); Pozo, J, I., Limon, M., Sanz, A, Limon, M,(1991); (MINGUET, 1998, p166 ). Em sua obra o autor faz um vasto comentário sobre as concepções, espontâneas,sociais e analógicas Segundo MINGUET,(1998,p.166-167).
As concepções espontâneas são formadas a partir dos hábitos diários, percebidos por processos sensoriais e se bem utilizada em sala de aula, ajudarão o professor e aluno, pois esta concepção pode ser explorada de várias maneiras, sendo através do olhar, do tocar, do comparar, neste processo pode se trabalhar, temperatura, quantidade, e porque não dizer a escrita. Ao perceber a diferença de um objeto ou uma letra, por estar desenhada ou escrita de forma distinta, pode parecer maior ou menor; pois nesta concepção a criança aprende através do erro, e da constatação do porque desse ou daquela maneira de escrever ser igual ou diferente. E percebem que suas impressões são sempre feitas baseadas em conhecimentos já adquiridos em seu dia-a-dia. Já a concepção social é adquirida, na convivência com as demais pessoas tanto em família quanto em sociedade, cabendo ao professor ter um bom conhecimento dos hábitos da sociedade onde esta inserida a escola em que trabalha para melhor conhecimento dos costumes sociais e assim escolher textos que diretamente ou indiretamente contribuam para a transformação ética de seus educandos; e também aprender com eles sua cultura e como orientá-los a melhores escolhas em sociedade, pois como cita os PCNs de Introdução:
“[...] espera-se que eles adquiriram progressivamente uma competência em relação à linguagem que lhes possibilite resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e alcançar a participação plena no mundo letrado [...]” (PCN, L P, 1997, p.33).
Em relação ao conhecimento analógico Minguet (2001) aponta que o conceito analógico advém do individuo que ao participar de uma tarefa não tem nenhum conhecimento anterior do significado ou do método que serão utilizados na realização da mesma, partindo de comparações mentais com objetos já conhecidos e devido a isso, fica então a cargo do professor esclarecer o máximo possível os conteúdos trabalhados, afim de não deixar que o educando faça uma ideia errônea do assunto fazendo comparações que dificultaria seu aprendizado.
 Conhecimento prévio é aquele que o aluno trás consigo ao chegar à escola, seja adquirido em casa no contexto familiar, ou com diversas outras pessoas em sociedade, e o conhecimento que o aluno ainda não tem será buscado por comparação. Diante disso ao aproximar uma aula ao cotidiano de seus alunos, o professor terá maior sucesso com a aprendizagem dos mesmos. E partindo deste principio, escola, professores e pais precisam se unir, num sentido de cooperação mutua, mostrando para seus educandos o valor de ser um ser alfabetizado, pois alfabetizar não se resume apenas ao processo de decodificar letras e grafemas, ou juntar palavras para se formar frases. Ser alfabetizado é antes de mais nada, ler  não só pelo prazer de saber ler , é a união de hábitos costumes e por não dizer sua separação, e conhecer o outro em si mesmo e fazer de sua sociedade o meio para ganhar o mundo, é  se sentir um ser pensante capaz de pela leitura transformar realidades a começar pela sua própria

A sala de aula esta repleta de crianças que chegam a ela com inúmeras perspectivas; dentre elas a de aprender a ler e escrever, vê no professor sua grande oportunidade de por intermédio dele se tornar um ser sábio, tanto quanto ele, pois no primeiro momento o detentor de toda sabedoria e o conhecimento está representada na figura do professor, mas como mostra claramente Ferreiro, os professores muitas das vezes formam uma ideia pré-concebida de seus alunos, o que apenas dificulta para ambos, no decorrer da vida escolar dos mesmos.


1.1 MINAS GERAIS E O CAMINHAR NAS SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Desde a divulgação do resultado do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e do Programa de Avaliação de Estudantes (PISA), em 2003, ficou noticiado o fracasso escolar no âmbito nacional, principalmente em relação a escrita e leitura a atual pesquisa conseguiu incomodar governo e estudiosos que se viram obrigados a tomar algumas providências em relação ao ensino em Minas Gerais como nos mostra (Ribeiro, 2008 p.15), Naquele mesmo ano o Ensino Fundamental teve a quantidade de anos aumentada de oito para nove anos, visando a melhoria na qualidade de ensino e na alfabetização, pois deste modo espera-se que ao acrescentar mais um ano na vida escolar  às crianças os resultados serão mais positivos.
Nota-se que a educação, anda, para, vai adiante e sempre haverá novas reformas, que dirá que deste ou daquele jeito de fazer, será o caminho que facilitará para que os alunos adquiram melhores conhecimentos sobre os conteúdos previamente estabelecidos pelos currículos escolares, mais se sabe que o país é composto por diversas culturas e que o que pode dar certo em um estado, pode não dar certo em outro, em Minas Gerais; por exemplo, encontra - se uma diversidade imensa ao observar seu povo, há muitas diferenças de um município a outro, tanto no linguajar, como no modo de agir das pessoas. Contudo o Estado de Minas  Gerais esta procurando fazer com que acabe o analfabetismo, e consequentemente termos alunos, capazes de construir uma visão melhor de si mesmo. Pois a auto-estima de um aluno que passa de quatro a cinco anos frequentando a escola e não aprende a ler nem tão pouco escrever, é fortemente abalada. Como nos mostra Filho (2010).

Vivemos numa época em que se reverberam os maus tratos às crianças, aos idosos e aos desvalidos de oportunidades. Está confinado em nosso pensamento, em áreas estanques do viver humano, que os pretensamente mais fortes e sabidos martirizam os menores, os inocentes, os incautos e aqueles que são faltos da “malicia”, infelizmente, exigida para alcançar alguma forma de “sucesso”. Esquecemos de maus – tratos é também a negação da ternura no dia a dia da convivência com aqueles a quem pretendemos educar para a vida, sem nos darmos conta de que a educação para viver é simplesmente viver e permitir viver. A ternura se consubstancia no respeito, na espera e na valorização do patrimônio de cada um. Por restrito que possa parecer. (FILHO, 2010, p, 15 -16).


Para uma efetiva alfabetização e transformação em se tratando de alunos com dificuldades de aprendizagem, se faz necessário que os erros sejam apontados de forma a contribuir para futuros acertos e não para intimidar quem o cometeu.              
Cabe ao professor procurar rever seus pontos de vista observar em primeiro lugar a si próprio, para rever seu modo de agir com seus educandos, achar onde está insistindo  e onde e como fazer a mudança, pois cada” ser” tem sua maneira de aprender, e muita das vezes o professor não procura interagir com as infinitas linguagens, há diversas formas  de aprender e também de ensinar,  como aponta ( FILHO, 2010, 79):


Em pedagogia, chamar a atenção reiteradamente para o erro ou para deficiência, sem apontar alternativas para ordenação das atitudes e das ações pessoais, é acentuar a impossibilidade de recuperação. È desumano prevalecermos no outro, fazendo dele o depositário da nossa indignação. Ou amamos aponto de oferecer ajuda, mesmo com a possibilidade de recusa, ou continuamos a amar mesmo através de uma ação silenciosa. (FILHO 2010, p.79).


O que fortalece o homem, não são apenas seus acertos, mas o caminho trilhado para atingi-los. Esse processo de aquisição de conhecimento e aprendizagem será mais prazeroso, quando trilhado juntamente com um professor que conhece o segredo do caminhar junto e da infinita troca de afeto, carinho e interação principalmente nos momentos de dificuldades de seus alunos lembrando sempre que cada indivíduo é único e, portanto o entender de cada educando também será único. Como nos cita Filho, (2010).“A ternura é irmã siamesa da paciência; uma não existe sem a outra. Se não há ternura em um empreendimento pedagógico, desconfiemos de sua autenticidade.” (FILHO, 2010, P.79.).


A partir da década de 1980, várias teorias mostram que o aprendizado da escrita não se reduziria ao domínio de correspondência entre grafemas e fonemas (a decodificação e codificação), mas se caracterizaria como um processo ativo, por meio do qual, desde os primeiros contatos com a escrita; a criança construiria e reconstruiria hipótese sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita como um sistema de representação. (BRIZZOTT, AROEIRA, PORTO, 2010 p.36).


Percebe-se que a década de 80 foi de suma importância para as transformações que viriam, mas esta transformação não começou em 1980, como mostra Pereira (2008).
       O século XX foi marcado por vários fatos que sobressaíram no processo de transformações das particularidades políticas brasileiras. Foi nesta época que aconteceu o Movimento dos 18 do forte (1922), a Semana de Arte Moderna (1922), a fundação do Partido Comunista (1922) a Revolução Tenentista (1924) e a Coluna Prestes (1924 a 1927) foi nesta década que a educação passou por diversas reformas de abrangência estadual, como a de Lourenço Filho no Ceará, em 1923, a de Anísio Teixeira, na Bahia, em 1925, a de Francisco Campos e Casassanta, em Minas, em 1927, a de Fernando de Azeredo, no Distrito Federal (atual Rio de Janeiro), em1928 e de Carneiro Leão, em Pernambuco.

Não somente a década de 20 houve mudanças importantes para a educação, mas nas décadas posteriores também houve reformas e expectativas em uma educação de qualidade para o povo de baixa renda, no entanto durante o regime militar o avanço da educação teve mais um de seus tantos entraves, o que mais uma vez contribuiu para que a educação ficasse estagnada; foi neste período que muitos  dos que lutavam para uma educação de qualidade para o povo, foram exilados do país, e os que permaneceram sofreram todos os tipos de torturas tanto física quanto psicológica, pagando muita das vezes com a própria vida.
Um dos exilados foi o pensador Paulo Freire; que ao retornar para o Brasil, continuou investindo na educação brasileira e sua luta pela educação  deixou um vasto material, onde coloca o ser humano numa situação de capacidades infinitas, sendo recomendado por diversos estudiosos.
 Freire se preocupou principalmente com a Educação de Jovens e Adultos, no entanto sua obra alcança todas as fases da educação. Não raro encontramos citações referentes a Ele em diversos artigos direcionados ao Ensino Fundamental e assim por diante.

Paulo Freire em sua obra Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa deixa por meio de seu exemplo pessoal, como o afeto, contribui para sem dúvida nenhuma com o aprendizado do ser humano, pois quem diria que aquele estudante inseguro e por não dizer com uma auto-estima baixa; se tornaria o renomado Paulo Freire reconhecido em todo o mundo, como exemplo para qualquer educador, que queira fazer a diferença, como fica claro não foi o muito falar de um mestre, mas apenas um gesto que desencadeou a segurança necessária, para o sucesso de uma pessoa. Como o próprio pensador afirma:
“Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor. O que pode um gesto aparentemente insignificante valer como força formadora ou como contribuição à do educando por si mesmo.” (FREIRE, 2010,42).
Onde ele continua com seu relato pessoal procurando demonstrar que a insegurança também provoca reações diversas, tais como agressão e muitas outras consequencia que se encontra aos montes em sala de aulas.

Nunca me esqueço, na história já longa de minha memória, de um desses gestos de professor que tive na adolescência remota. Gesto cuja significação mais profunda talvez tenha passado despercebida por ele, o professor, e que teve importante influência sobre mim. Estava então sendo, então um adolescente inseguro, vendo - me como um corpo anguloso e feio, percebendo - me menos capaz do que os outros, fortemente incerto de minhas possibilidades. Facilmente me eriçava. Qualquer consideração feita por um colega rico da classe já me parecia o chamamento à atenção de minhas fragilidades, de minha insegurança (FREIRE, 2010, p.43).


Com um gesto de cabeça, um olhar de aprovação o professor contribuiu para a formação segura de um homem que como relata ao falar de si em seu livro direciona o leitor a pensar em seus atos não somente com seus alunos, mas com as demais pessoas que povoam suas vidas, tais como pais, filhos, amigos etc. Como prossegue Freire em seu relato:


O professor trouxera de casa os nossos trabalhos escolares e, chamando – um a um, devolvia - os com o seu ajuizamento. Em certo momento me chama e, olhando ou re- olhando o meu texto, sem dizer palavra, balança a cabeça numa demonstração de e consideração. O gesto do professor contribuiu mais que a própria nota dez que atribuiu a minha redação. O gesto do professor me trazia uma confiança ainda obviamente desconfiada de que era possível trabalhar e produzir. De que era possível confiar em mim, mas que seria tão errado confiar além dos limites quanto era errado estava sendo não confiar. (FREIRE, 2010, p.43).


Freire ao relatar este fato demonstra que atitudes advindas principalmente dos professores em relação a seus alunos contribuem tanto para o crescimento do educando, quanto para o agravamento de inseguranças comuns do ser humano em seu crescimento, pois crescer assusta e traz consigo dúvidas , inseguranças que muita das vezes só quem as possui , sabem o quanto fere.
Um olhar de carinho, um sorriso, um parabéns, um continue assim, um você consegue faz toda diferença na mente humana, derrubando muitos bloqueios que se formaria no intelecto do aluno.


1.2  O LIVRO NOSSO CONHECIDO COMPANHEIRO

Vera Maria Tieztmann Silva em LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA: um guia para professores e promotores de leitura, (2009), trás desde seu prefacio um breve histórico sobre a qualidade da produção dos livros infantis e muitas dicas de como estas obras auxiliam os professores em sua jornada com os educandos. O que chama atenção são seus comentários sobre obras como Cazuza de Viriato Correia, as obras de Monteiro lobato entre outras e suas contribuições para sala de aula.
Silva, (2009) em suas comparações aponta que Tales de Andrade e Viriato Correia se encontram incluído entre os pioneiros da ficção para crianças. “O primeiro é autor de saudade (1919), narrativa calcada em Coração, com a diferença, apenas, do tempo, que não é o presente, mas o da memória, como em Pompéia e Machado; e a intenção, que é a de valorizar a vida rural.” (SILVA, 2009 p.25).
Em sua obra Silvia (2009), remete o leitor a história do avanço dos vários gêneros literários já publicados, procurando mostrar a diversidades de obras, comparando a visão de cada escritor em relação à época em que foi escrita; tornando uma excelente fonte de leitura para profissionais que trabalham com alfabetização e leitura e outras áreas onde se faça necessário à comparação de obras. Pois:


Literatura é a única manifestação de arte que tem uma condição para o leitor: ser alfabetizado. Diferente do teatro, da pintura, da escultura, da música e da dança, que não apresentam condições para espectador, a leitura exige que o leitor saiba ler. A criança pequena depende do adulto para fazer a mediação da leitura. E a criança maior, já alfabetizada, precisa do adulto para aproximá-la do livro, sejam os pais, os tios, o professor ou o bibliotecário. (PARREIRAS, 2009, p.17).



O que remete a Souza org. (2009), quando cita o renomado escritor Elias José, onde ele deixa claro que a leitura auxilia tanto aquele que já sabe ler, quanto a uma criança que ao pegar um livro, vai apenas brincar. já se faz notório que brincando se aprende, e ouvindo de seus pais historias infantis, mesmo que a criança não siba ler ficara a sensação que aquele objeto “Livro”, é algo prazeroso.



[....] Pais e professores fiquem atentos se quiserem formar gerações de pessoas felizes e aptas a vencerem na vida. O livro infantil, que é oferecido para a criança ler, ou é lido para ela, caso não esteja alfabetizada ainda, é brinquedo capaz de despertar o interesse pelas coisas sensíveis, criativas e inteligentes e belas. Através das histórias fictícias e da poesia, fazemos uma viagem de sonho de puro encantamento. Aprendemos sem traumas, a lidar com problemas diários. Conhecemos melhor a realidade que nos cerca. Crianças e jovens que não tiveram o seu imaginário desenvolvido, aquecido pela leitura literária, pela dramatização, pelo poder de encantamento da música e das artes plásticas, serão pessimistas, endurecidos, incapazes de sorrir e de ser feliz, [...] (José 2007, p.29) (SOUZA, 2009, p 37)



Já se faz notório que as crianças aprendem por imitação, sendo assim melhor seria que em todos os lares as crianças pudessem ver seus irmãos; pais e demais membros de sua família lendo.  Em lares que o hábito de ler é presenciado pelos filhos, a leitura é vista pelos pequenos como normal, contribuindo para uma melhor adaptação ao se inserida na escola.


CAPITULO II

2. A CONTRIBUIÇÂO DE PIAGET E VYGOTSKY NA EDUCAÇÃO

Piaget contribuiu e continua contribuindo para a educação de grande maneira, principalmente para professores que procuram entender seus alunos para ajudá-los nos momentos de dificuldades.
O desenvolvimento intelectual humano é fruto de suas relações internas com o mundo exterior. Essa relação leva a um constante equilíbrio e desequilíbrio. Quando o equilíbrio se torna estável surge à adaptação segundo BRIZZOTT, AROEIRA, PORTO. (2010) sobre a Teoria de Piagetiana.

 Segundo BRIZZOTT, AROEIRA, PORTO (2010, p. 17). A criança aos sete anos, já possui maior facilidade em separar o real do irreal, iniciando o período da lógica. De acordo com Teoria de Piaget. Nessa etapa a realidade da criança passa a ser organizada mais pela razão que pela absorção do ego. A criança passa a notar a necessidade de esclarecer pela lógica seus pensamentos e atos, trocando a aptidão de ludicidade do pensamento, que confunde a realidade e fantasia por  ações críticas.

Percebe-se ao estudar Piaget que ele, procurou mostrar o desenvolvimento do ser humano segundo o desenvolvimento interno do ser, dependendo de sua idade biológica. Enquanto Vygotsky procurou mostrar a relação do ser humano em relação ao meio em que vive.
Uma grande contribuição para os estudos sobre a aquisição do conhecimento veio de Vygotsky, que mostra a importância da interação social e, nesse processo de interação, a importância da linguagem”. (BRIZZOTT, AROEIRA, PORTO. 2010 p. 20).
Para entender as dificuldades encontradas em diversos alunos que passam a frequentar os anos iniciais do Ensino Fundamental, normalmente coloca – se causas prováveis como a situação econômica dos pais; o analfabetismo deles e por não dizer o sistema educacional como um todo, não da pra negar que estes fatores possam contribuir e muito para que os educandos desta fase encontrem maior dificuldade que os de famílias com maior poder aquisitivo, no entanto como nos mostra Freire, (2010, p. 16), o profissional bem preparado faz a grande diferença. Pois se uma docente no inicio de carreira for trabalhar numa instituição de ensino infantil e não tiver uma boa base teórica ou um mínimo de prática, corre um sério risco de ao invés de contribuir positivamente com a instituição, contribuir negativamente, além de prejudicar de grande maneira os educandos. A criança nesta primeira fase está voltada mais para si e o brincar, de acordo com (Freire 2010, p 17):

 Que quanto mais nova a criança, mais individual e auto centrado é seu brinquedo, A criança em sua primeira infância é muito centrada nela mesma. Constrói sua realidade trabalhosamente, adquirindo noções espaciais, temporais e do próprio corpo, diferenciando – se, assim, dos objetos ao seu redor. È plenamente admissível, portanto, que essa centração nela mesma permaneça, durante algum tempo. O que não se deseja é que essa autocentração estenda – se por longo tempo, atravessando a segunda infância, adolescência e idade adulta. (Freire 2010, p 17).



Inserir esta criança no mundo da escrita e da leitura, esperando que aos cinco anos de idade ela já saiba ler e escrever é uma pretensão tamanha, pois o que mais importa nestes primeiros anos é que a criança adquira bons relacionamentos com as outras crianças e com as demais pessoas de sua convivência; não significando que passará esse período sem conviver com os símbolos da escrita e tão pouco de leitura, pois por meio de contos infantis, teatrinho, fabula e diversos outros trabalhos de interação podem contribuir para que estas crianças adquiram o bom gosto pela instituição de ensino e o desejo de estar nas séries seguintes galgando degraus maiores em conhecimento oferecido pela instituição.
 A construção do conhecimento das crianças nessa etapa depende das relações que vai formando com os demais e os objetos. Nada ainda em águas rasas, sem sair de perto das margens. O seu conhecimento sobre si mesmo ainda é pouco para firmar relações de convívio com o outro, e por isso se concentra mais nas brincadeiras individuais. O qual nos remete a Vygotsky, apud Freire (2010 p,18) quando diz que o desenvolvimento da criança se dá de sua relação com o meio que o cerca:

Cabe a escola, portanto respeitar esta característica da criança que entra na escola logo na primeira infância, pois quando o espaço escolar permite que a criança aja em liberdade e ambiente familiar não a comprometer física e intelectualmente, ela chegara ao ensino fundamental razoavelmente socializada e estabelecendo relações de troca com seus iguais, ou seja, com seus colegas de turma na escola. (FREIRE, 2010, p.18).



 Freire vai além, alertando sobre o perigo da pretensão de alfabetizar as crianças precocemente, como instigaria alguns estudiosos na área de leitura e escrita dizendo que:
As escolinhas da primeira infância que se dizem piagetianas, mas de seu método aproveita apena o que ele sugere em relação à alfabetização das crianças seguindo a linha de pensamento de Emilia Ferreiro. De acordo com freire, (2010):


 Emilia Ferreiro, possivelmente concordaria em que nada vale esse enorme esforço para alfabetizar se a aprendizagem não for significativa. E o significado, nessa primeira fase da vida, depende, mais que em qualquer outra ação corporal. Entre sinais gráficos de uma língua escrita e o mundo concreto, existe um mediado, às vezes esquecido, que é a ação corporal.


 De acordo com Freire (2010), Já há algumas escolas de educação infantil, contendo sua pressa em alfabetizar antes da hora, pois aprenderam com a teoria de Emilia Ferreiro entre outros, que alfabetização é algo que se aprende constantemente, livre do docente, ou seja, neste processo o educador representa um papel de relevância, não restrito. Contudo, o planejamento de uma escrita e leitura que a sociedade entenda não precisa ser precoce, e sim consequencia do processo que a criança realiza a alfabetização tendo como apoio a escola. As crianças estão ainda na primeira infância ao entrar no primeiro ciclo dos anos iniciais, incutindo ao professor mais responsabilidade, com o educando indo estas crianças alcançar um nível mais perene já aos oito anos segundo Freire:

A partir da segunda infância de posse de mecanismos que lhe possibilitam representar o mundo, situando - se entre os objetos sem sentir mais o centro de todas as coisas, a criança pode compreender de forma lógica sua vida de relações. È perceptível partir daí, seu ajustamento à realidade exterior; consequentemente, a representação fantasiosa que caracteriza a primeira infância - mesmo continuando a existir – será superada por uma representação simbólica mais comprometida com os elementos da realidade concreta com os quais a criança interage. (FREIRE, 2010, p.78).


Onde Freire mostra o valor da educação corporal que bem dirigida na vida dos pequenos que inserem aos 06 anos nas series iniciais, o professor deve elaborar suas aulas integrando um conteúdo ao outro num ambiente de descontração, e não apenas ficar com a ideia fixa de alfabetizar puramente em aulas expositivas,onde apenas se passa o conteúdo para os alunos copiarem e memorizarem, pois este não é o objetivo de nossa língua, como nos mostra os Parâmetros Curriculares Nacionais de Português. Em (Ivo, p 27). “O PCN de Língua Portuguesa assinala que o ensino da nossa língua tem o objetivo de desenvolver no educando as quatro habilidades lingüísticas: leitura, escrita, oralidade e produção de texto.

De acordo com CAGLIARI, 1998 apud in, Brizzott, Aroeira, Porto. (2010 p. 36):

O processo de alfabetização inclui muitos fatores e, quanto mais ciente estiver o professor de como se da o processo de aquisição de conhecimento, de como uma criança se situa em termos de desenvolvimento emocional, de como vem evoluindo o seu processo de interação social, da natureza da realidade línguistica envolvida no momento em que está esse professor de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo de aprendizagem, sem os sofrimentos habituais. (CAGLIARI, 1998 apud in, BRIZZOTT, AROEIRA, PORTO, 2010 p. 36):



Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, deixam claro que o professor de Língua Portuguesa, tem que estar muito bem, preparado, buscar o conhecimento individual de cada educando, ser bem informado sobre os fatos que permeiam a sociedade, pois a ele foi delegada grande responsabilidade a de transformar seu educando em leitor do mundo. Hoje com o avanço das novas tecnologias, quando o professor pensa, que conhece determinado assunto com maestria, chega à sala de aula o aluno com várias novidades que colocaria o professor em uma situação embaraçosa. Pois o PCN de Língua Portuguesa (1997) deixa claro que:

Os objetivos de Língua Portuguesa salientam também a necessidade de os cidadãos desenvolverem sua capacidade de compreender textos orais e escritos, de assumir a palavra e produzir textos, em situações de participação social. Ao propor que se ensine aos alunos o uso das diferentes formas de linguagem verbal (oral e escrita), busca – se o desenvolvimento da capacidade de atuação construtiva transformadora. [...].A aprendizagem precisa  então estar inserida em ações reais de intervenção, a começar pelo âmbito da própria escola.(PCN LINGUA PORTUGUESA v.02 ,1997 p.46


O professor antes de quere tornar seus alunos em bons leitores deve ser também um bom leitor. Pois assim passará a seus alunos esse sentimento de prazer em relação à leitura, pesquisar em diversas fontes, usar todas as formas de linguagens, trazer a realidade que cerca seus educandos para sala de aula, por meio de textos que contextualizam a sua comunidade, elaborar projetos para serem realizados fora da sala de aula, e  quando possível realizar projetos que incluam os pais. E com isso trazer um pouco da cultura de seus alunos para o ambiente escolar. Pois o falante de uma língua não tem a menor consciência de sua sabedoria, Segundo Bagno (2009):

Poderíamos dizer que a grande tarefa da ciência linguistica é descobrir e explicar aquilo que os falantes sabem, mas não sabem que sabem. O conhecimento intuitivo que cada ser humano tem de sua língua materna e uma dos mais fascinantes mistérios da ciência. [...]. Por isso o línguista honesto é aquele que reconhece humildemente que qualquer falante de uma língua é o melhor gramático que existe. (BAGNO, 2009, p.187. Grifo do autor).  


Pois alfabetizar vai além do decodificar letra e grafemas. Para que uma sociedade mude se faz necessário conhecer seus problemas e procurar possíveis soluções, e para conscientizar é preciso que os educandos revejam suas ações e também as de seus companheiros tanto na escola quanto fora dela. Um dos desafios deste século, é o desperdiço com os meios naturais, a mídia alerta, algumas campanhas são feita visando a levar a população a economizar em todos os sentidos seja, no consumo excessivo de bens industrializados, ou em relação à própria água, no entanto o desperdiço se faz presente, onde ele deveria ser combatido nas escolas, e deixa a sensação que passar essas ideias e cobrar a resposta certa nas provas é o que verdadeiramente interessa. Quando na verdade a função da educação é preparar esse educando para agir em seu próprio beneficio, e assim para contribuir para que a sociedade mude.
O pequeno aluno/aluna de hoje será o homem/ mulher, adulta/adulto de amanhã. O aprendido de hoje fará a diferença no amanhã, transformar realidades não cabe só a escola, porém a ela está delegada esta responsabilidade, cabendo ao docente saber que de todo avanço que seu aluno fizer a ele será atribuído a maior parte, assim como os fracassos também. Como aponta (Silveira) em seu artigo. “Ser educador hoje é viver intensamente o seu tempo; conviver é ter consciência e sensibilidade” (SILVEIRA, 2010 P.01).


2.1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA EM JENIPAPO DE MINAS

Jenipapo de Minas - MG, localizada no Vale Jequitinhonha, no Nordeste de Minas Gerais, aproximadamente a 554 km de Belo Horizonte, faz fronteiras com os municípios de Araçuaí, Francisco Badaró, Minas Novas e Novo Cruzeiro. Jenipapo de Minas ainda é considerada nova, pois foi emancipada em (1997), seu povo muito voltado a educação, tem colocado seu nome em muitos anais da história da educação brasileira. Agora em 2012, Jenipapo de Minas conta com duas escolas estaduais e doze municipais, sendo dez multisseriadas nas comunidades rurais uma creche e um pré – escolar na cidade. A escola Estadual Nossa Senhora de Fátima, atende aos anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, A Escola Estadual Padre Willy, atende aos anos Iniciais do Ensino Fundamental e também a Educação Inclusiva.
Ainda conta com apoio da (AJENAI) “Associação Jenipapense de Assistência a Infância” que por intermédio do Cantinho dos sonhos participa com projetos voltados a leitura tanto nas escolas da zona rural quanto na Escola Estadual Padre Willy, Jenipapo ainda conta com a Biblioteca Municipal Elizete Martins.

As escolas administrada pelo Departamento de educação da prefeitura de Jenipapo de Minas, atende os anos iniciais, e vem fazendo um trabalho de parceria para que ao final do 6° ano, tenham obtidos resultados positivos e tendo sua demanda de alunos alfabetizados. Procurando investir na formação continuada de seus professores, montando mines bibliotecas em suas escolas e ainda assessorando a Biblioteca Municipal instalada na sede do Município.  Para melhor entendimento da real situação dos alunos em se tratando de leitura, Apresentação dos resultados da coleta/análise de dados colhidas na pesquisa de campo. Inicialmente, serão abordados os dados de identificação das amostras entrevistadas, seguida da análise de questões específicas relativas ao tema. As informações apresentadas dizem respeito a dados coletados no Departamento Municipal de Educação de Jenipapo de Minas, Escola Estadual Padre Willy, AJENAI, uma vez que as pesquisas pretendem tomar como referência o estudo comparativo com o resultado negativo sobre alfabetização e leitura no âmbito nacional feita por órgãos como o PISA  entre outros.
Inicialmente foi apresentado a todos os entrevistados (as) um breve resumo do resultado da pesquisa, como citada abaixo: Apenas identificarei quem autorizou citar seu nome.

Tendo em vista que as últimas pesquisas feitas pelos órgãos competentes, como o PISA, em (2003) entre outros, foi constatado que o Brasil de uma forma geral está com um sério problema em se tratando de leitura e escrita. Os alunos que aprenderam a ler e escrever são em grande quantidade analfabetos funcionais, e a maioria que frequentam as séries iniciais não atinge o conhecimento necessário para seguir adiante com seus estudos ao chegar ao 6° ano. Venho por meio desta pesquisa, levantar dados sobre o Município de Jenipapo de Minas por meio de suas instituições de ensino.

Supervisoras entrevistadas quatro no total, duas que atendem dozes escola da rede Municipal de Jenipapo de minas, todas localizadas na zona rural. E duas que atende a Escola Estadual Padre Willy. Onde relataram ao serem questionadas se: a realidade desta instituição contradiz estas recentes pesquisas? Ambas do Departamento Municipal de Educação concordaram que:


Não Contradiz, mas se compararmos os anos anteriores com os mais recentes, pode se observar que a educação do Município de Jenipapo de Minas teve grandes avanços de proficiência com gráficos dos resultados das avaliações externas como PROALFA e PROEB, onde se avalia a leitura e a escrita dos alunos (S. D. M. E)[1].


Como demonstra a profissional há avanços, mas inda há muito por fazer para que todos chegue ao final do ensino fundamental lendo interpretando o que se lê.
Quando questionadas como a instituição vem contribuindo para tornar o alunado em bons leitores?  Uma das entrevistadas deixou claro diante dos resultados negativos na referente pesquisa em 2003, foi estabelecido um novo planejamento e construção de projetos pedagógicos voltados a essas crianças com dificuldades de alfabetização.


Ao observar através dos resultados das avaliações externas como: PROAL que avalia os alunos do 3° ano e o PROEB que avalia os alunos do 5° ano. Foi formada a equipe pedagógica que tem como objetivo atender os que não alcançaram uma proficiência equivalente a estimada, através de intervenções pedagógicas. É desenvolvido também projetos que estimulam os alunos a ser bons leitores, como o Cantinho dos Sonhos, que tem parceria com a AJENAI. Através de Material dourados como: Alfabeto móvel nas letras cursivas e bastão, alfabeto ilustrado, dominó alfabetização. Brinquedos didáticos que incluem: cubos de vogais, abecedário e pote alfabeto. (S. D. M.E).


Em relação a participação da família se havia participação ou omissão por parte dos pais?

Não houve resposta. Percebe- se que estão preocupadas com os resultados negativos e providências foram e estão sendo tomadas para mudar a situação dos alunos quanto à leitura e escrita, no entanto ao não ter uma visão sobre a participação dos pais, deixa um leque para infinitas interpretações. Pois se faz notório que a contribuição da família junto à escola é um dos primeiros passos para que haja um bom aprendizado por parte dos educandos. Haja vista que se escola é a base do saber a família é a base do bem viver.
As mesmas questões foram feita na Escola Estadual Padre Willy onde uma das entrevistadas aponta que: 
Estão conscientes em relação às dificuldades  de ler e escrever de alguns alunos, e que estão fazendo o máximo para saná-las , no entanto os fatores que contribuem para que essas crianças permaneçam com muitas dificuldade no âmbito escolar ainda é a ausência da família.

 Não. Infelizmente há em nossa escola alunos que não sabe ler e escrever no 6° ano de escolaridade. A escola oferece reforço dentro do horário de aula para os alunos com dificuldade de aprendizagem; os professores fazem a intervenção pedagógica de acordo com a dificuldade do aluno; mas ainda falta a responsabilidade dos pais no acompanhamento escolar e procurar ajuda de um especialista, como: psicólogo, psiquiatra, neurologista etc.(RAMALHO)[2].


Quando questionadas como a respectiva escola vem contribuindo para tornar o alunado em bons leitores?
 “Durante o ano a escola promove vários projetos de leitura; os professores promovem momentos de leitura toda semana; além do incentivo das bibliotecárias para os alunos leem mais. (RAMALHO).

Em relação a participação da família ficou claro que. “A participação das famílias na vida escolar dos filhos que são mais indisciplinados deixa muito a desejar. A escola, muitas vezes na atinge, a proficiência recomendada, por negligencia de alguns pais para com os filhos.” (RAMALHO).

Em entrevista a Coordenadora da AJENAI, quando perguntada se a realidade com as crianças e suas famílias atendidas contradiz estas recentes pesquisas.

A entrevistada apontou que infelizmente ainda encontra muitas crianças, jovens e adolescentes com defasagem em leitura e escrita:


Não. O contato com as crianças, adolescentes, jovens e suas famílias por meio dos encontros, atividades e em especial nos mementos de troca de correspondência dos afilhados com os padrinhos, nos possibilita uma leitura da realidade dos mesmos. Sendo então constatada por esses diagnósticos, grande defasagem de leitura e escrita tanto pelos pais quanto pelos estudantes. (LOPES)[3].

A AJENAI atende um grande número de estudantes tanto da zona rural, como urbana, pois a maioria dos que estuda na cidade de Jenipapo de Minas moram na zona rural do município, o que demonstra que há ainda um longo caminho a percorrer para a preparação desses educandos em bons leitores.
Quanto à contribuição da AJENAI, para tornar os assistidos em bons leitores, fica claro que:
A partir da constatação citada, a AJENAI propôs desenvolver junto as escola o PROGAMA “Cantinho dos Sonhos Itinerante”, uma ação de incentivo à leitura que leva até as escolas um acervo de, em média 100 livros de literatura infantil e infanto- juvenil, o qual permanece por um mês em cada escola. Nesse período são desenvolvidas atividades diversas com os livros, inclusive empréstimo para leitura com a família. A culminância do projeto se dá com a mostra dos resultados envolvendo a comunidade escolar e a AJENAI. (LOPES).

Quanto a participação da família ou sua omissão em se tratando da leitura juntos aos filhos, ficou claro que sempre se tem mais de um fator a contribuir negativamente como aponta a entrevistada.

Em muitos casos as famílias são omissas por não dar a devida importância à escolarização dos filhos, mas em outras situações isso ocorre devido às limitações da família para esse acompanhamento.
Mas há uma parte considerável das famílias que acompanham seus filhos. O Cantinho dos Sonhos tem sido uma oportunidade para demonstração disso, pois a comunidade escolar é convidada a se envolver em todo processo.
A participação da família na vida na vida escolar dos filhos é sem duvida fundamental, no entanto é uma relação que deve ser construída gradativamente e cultivada sempre. (LOPES).


Praticamente todas as entrevistadas concordam que a família está deixando muito de sua responsabilidade para os órgãos de ensino, que sua participação  efetiva facilitaria tanto para os educadores quanto no contexto familiar e por não dizer no contexto social. Para que aja uma mudança positiva no âmbito escolar, se faz necessário a interação família /escola, escola/família, e sociedade. Quando cada um desses representantes atuarem de forma a assumir sua parte na educação de uma criança, a aprendizagem se fará presente e todos serão beneficiados.
Afinal ser educador não é assumir as responsabilidades de pai e mãe, e sim contribuir para que essas relações sejam positivas. Como aponta Silveira:
“O educador e o responsável por estimular o prazer de compreender, descobrir, construir o conhecimento, curiosidade autonomia e atenção no aluno”. (SILVEIRA, 2010 P.01).









































CONSIDERAÇÕES FINAIS


Tendo em vista, que alguma das vezes; que fui substituir alguns colegas de profissão, encontrei dentro de sala de aula, alunos já no 4° ano do ensino fundamental, que não sabiam ler e escrever, procurei pesquisar sobre o assunto e para minha surpresa, encontrei várias pesquisas sobre o tema e certo alarme quando se fala em Minas Gerais, principalmente sobre as regiões mais pobres, não nego, não contamos com o hábito de comprar livros; palavras cruzadas, gibis, não por não querermos, mas por não termos ainda uma banca de jornal ou uma livraria, e quando tentamos comprar  pela Internet,devido o preço altíssimo do frete, que muitas das vezes dobra o valor comercial do livro, impossibilitando a compra.  
Durante a minha pesquisa sobre o que tem sido oferecido para acabar com a defasagem quanto à leitura e  a escrita, em Jenipapo de Minas, percebi que infinitos esforços vêm sendo feito por suas instituições de ensino para acabar com o analfabetismo, o que ficou exposto foi a falta de compromisso das famílias em relação à educação escolar de seus filhos, o que nos remete a uma pergunta, como preparar estes educandos para a vida, diante de tantas ofertas perigosas, por exemplo, as drogas , pois devemos ensinar nossos alunos a ler o escrito, mas temos uma responsabilidade maior , o de ensiná-los a ler o mundo, e   a fazer melhores escolhas,o que nos remete aos Parâmetros Curriculares nacionais  quando diz, que um dos objetivos gerais do ensino fundamental é que o educando:

Compreenda a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia- a- dia atitudes de solidariedade, cooperação repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. (PCN, LINGUA PORTUGUESA, v.2,p.07 1997).


Quando um aluno passa de quatro ou mais anos em uma instituição de ensino e não aprende a ler e escrever, sua auto – estima já esta totalmente comprometida, e fica para a sociedade a sensação que a escola falhou e quando a escola falha; muitos fatores são atribuídos para explicar, o que causou a falha, no entanto como ajudar esses alunos que já se encontram com tal defasagem, em minha pesquisa encontrei apoio em muitos teóricos como Piaget, Vygotsky, Magda Soares, Paulo Freire, João Batista Freire, Luiz Schettini Filho, entre outros.
Que nos apontam o quanto o professor deve estar preparado, para trabalhar com os novos e velhos desafios em sala de aula. Trazer a família para mais perto da escola, como percebi não é tarefa fácil, no entanto se faz necessário e urgente, abrirem as portas das escolas de forma a atrair estes pais para junto dos educadores, para que realmente haja uma alfabetização de qualidade.
Quando escola e sociedade se unem em um propósito, vemos realmente mudanças, positivas para os dois lados. A capacidade humana é imensa tanto para o bem quanto para o mal, hoje infelizmente já somos conhecidos em rede nacional, não por nossos avanços na educação, ou pelas ruas com calçamento, mas sim por estarem muito próximas de nós as drogas, as últimas noticias sobre o Vale do Jequitinhonha no Jornal Nacional, foi um alerta tanto aos pais quanto a professores, a reportagem mostrou que Araçuaí cidade próxima de Jenipapo de Minas, está tomada por usuários de Crack,( Droga que vicia já na primeira vez , quando consumida). Onde como professora das séries iniciais, me pergunto, como evitar que os pequenos de hoje seja um usuário amanhã. E assim concluí que ser professor é uma responsabilidade enorme, que devemos investir em nosso trabalho para que nossos educandos aprendam a ler e escrever, e principalmente saiba dizer não as armadilhas da sociedade. E só conseguiremos alcançar a alma humana quando, educação for, na prática sinônimo de valorização humana e estas duas estiverem  de mão dadas, pois diante de tantas cobranças no âmbito escolar, muitas escolas se esquecem do valor de um sorriso e de uma lágrima de contentamento por uma vitoria muito sonhada.
Durante a elaboração deste trabalho, tive como objetivo a finalidade de contribuir para com a minha formação profissional e também contribuir para que futuros leitores encontrem nas obras pesquisadas um subsidio para auxiliá-los no processo da formação de futuros leitores. Segundo (GONÇALVES, p.82):

Pesquisar é descobrir, é desnudar o que existe algo que ainda não foi trazido ao conhecimento. A pesquisa é um micromundo humano e, portanto, tem um papel importante na construção das ciências sociais e da vida como um todo. Não só as instituições de ensino, mas toda e qualquer organização, evoluem pela busca contínua de conhecimentos já produzidos e que possam ser aproveitados para solucionar suas dificuldades ou aprimorar sua realidade. Para Demo (1988, p.50 apud GONÇALVES, p.82)“a habilidade de pesquisa é, assim, o que há de mais prático no mundo moderno, porque contém primordialmente a instrumentação da mudança”.
A vida gira em torno de pesquisas, e se faz necessário para qualquer empreendimento, principalmente para os profissionais da educação, porque assim que um professor fecha esta porta em sua jornada ele estará se privando de ser o principal elo entre o passado, presente e futuro. Para tanto, Não imagino o mundo sem professor, pois ser educador é viver aprendendo enquanto se ensina, e viver ensinando enquanto se aprende.


























REFERÊNCIAS:

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa: de 1ª a 4ª
série, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1997.


BIZZOTTO, Maria Inês; AROEIRA, Maria Luisa; PORTO, Amélia. Alfabetização Linguistica: da Teoria à Prática. 1ª edição Belo Horizonte: Dimensão, 2010. 141 p.

RAPOPORT, Andrea et al. A criança de seis anos: no ensino Fundamental. 1ª edição Belo Horizonte: Mediação, 2009. 141 p.

SOUZA, Renata Junqueira de (Org.). Biblioteca escolar e práticas Educativas: O Mediador em Formação. 1ª edição Campinas SP: Mercado de
 Letras, 2009. 243 p.

PARREIRAS, Ninfa. Confusão de Línguas na literatura: O que o adulto Escreve e a criança Lê. 1ª edição Belo Horizonte, MG: Mercado de Letras, 2009. 181 p.

ESHETTINI FILHO, Luiz. Pedagogia da ternura. 2ªedição Petópeles, RJ: Vozes, 2010. 111 p.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo, SP: Paz e Terra, 2010. 148 p.

GREGORIN FILHO, José Nicolau. Literatura Infantil: Múltiplas Linguagens na Formação de Leitores. São Paulo, Sp: Melhoramentos, 2009. 128 p.

FREIRE, João Batista. EDUCAÇÂO DE CORPO INTEIRO: Teoria e Prática da Educação Física. São Paulo, SP: Scipione, 2010. 199 p.
 
MINGUET, Pilar Aznar et al. (Org.). A Construção do Conhecimento na Educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda., 1998. 181 p.

SOARES, Magda. Linguagem e Escola: Uma perspectiva Social. 17ª São Paulo, Sp: Atica, 2008. 181 p.

CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. 1ª São Paulo, SP. Ática 2005. 103 p.




              [1] Supervisoras do Departamento Municipal de Educação, que atende a s escolas da Zona rural de Jenipapo de Minas. (obs. Não ouve autorização para citar o nome).
[2] RAMALHO, Flávia Euzila, supervisora que atua na Escola Estadual Padre Willy a quatro anos, contando uma experiência de mais ou menos 16 anos em sala de aula nos anos iniciais do Ensino Fundamental e Nível  Médio.
[3] LOPES, Elizangela Pedroso. Coordenadora da AJENAI (Associação Jenipapense de Assistência a Infância) e trabalha junto as comunidade da Zona Rural de Jenipapo de Minas mais ou menos 12 anos  e atende também a área urbana esporadicamente.