INTRODUÇÂO
O presente trabalho tem por finalidade conscientizar
o educador de que os problemas referentes à alfabetização estão relacionados às
práticas educativas, culturais e sociais.
Percebe-se que os
educadores da atualidade precisam utilizar-se de todas as ferramentas,
disponíveis na educação, pois sabe-se que muito já foi escrito para auxiliar o
professor nesta empreitada de alfabetizar os educandos, pois nos dias atuais, saber ler e escrever é
muito importante na vida de qualquer um. Em casa e fora dela, encontramos a
escrita em tudo. Nos manuais de nossos aparelhos eletrônicos e domésticos, nos
nomes de ruas e assim por diante.
É importante também frisar que ler e
escrever não é tudo, saber interpretar o que se lê, e serem críticos, conscientes
de suas escolhas e o resultado delas para si e o próximo fará toda diferença
nas demandas de sua vida em seu dia a
dia . Tome por exemplo a vida política
do país. Por ignorância política e falta de conhecimento sobre seu poder e
interferência na vida social de um povo, elege-se pessoas para cargos
importantíssimos no âmbito social, algumas pessoas, que com certeza vão apenas
mudar seu padrão de vida, deixando um grande vazio em muitas áreas de extremo
valor para a sociedade. Por exemplo, a educação. Devido a tudo isso. Aprende-se
que durante os estudos, que é dever de todo educador trabalhar para que o
educando se torne leitor crítico, consciente fazendo uso de todos os recursos
tanto didáticos quanto de todas as
mídias. para ler mais
Quando se pesquisa
sobre o assunto acha-se em quase todos os artigos, pontos em comuns e algumas
informações que apenas ressalta a necessidade de, a educação oferecer todas as
oportunidades para que os educandos saiam das séries iniciais lendo e
procurando suas respostas em livros diversos e debatendo suas idéias uns com os
outros. Nesta pesquisa fica clara a necessidade de se fazer a diferença, para
sanar este débito com a sociedade. O presente trabalho baseia-se em pesquisas
bibliográficas, ancorando-se nos estudos de obras de SOARES, FREIRE, FILHO, MINGUET, JOÃO BATISTA FREIRE, BRIZZOTT, AROEIRA, PORTO, PEREIRA, SILVIA,
PARREIRAS, SOUZA, entre outros autores que discutem a importância da
preparação profissional, o desenvolvimento da aprendizagem, e os benefícios de
se valorizar o conhecimento prévio do aluno,tanto quanto procurar conhecer seus
educandos e juntamente com ales está
vivenciando momentos alegres prazerosos, portanto a criança que brinca vive uma
infância feliz, além de se tornar um adulto mais equilibrado física e emocionalmente
conseguirá superar com facilidades problemas que possam surgiu no dia-a-dia. A
pesquisa estruturou-se em quatro etapas: A primeira, um levantamento do
referencial teórico referente ao tema, realizado em biblioteca, acervo pessoal,
Guias de estudos FINOM e da orientadora dando base a minha pesquisa.
Na segunda etapa, foi realizada a coleta de
dados, desenvolvida mediante pesquisa, com profissionais da educação em
Jenipapo de Minas, envolvendo Departamento de Educação Municipal. Escola
Estadual Padre Willy e (AJENAI) Associação Jenipapense de assistência a
infância, pois se trata de uma pesquisa qualitativa, onde procura compreender e
interpretar os fatos em uma pesquisa cujo contato direto e prolongado do
pesquisados com ambiente e a situação investigada; mediante o trabalho de
campo. A terceira etapa consistiu na tabulação e analise dos dados coletadas
durante a pesquisa nas instituições escolares e finalmente, na quarta etapa
ocorreu à organização e estrutura material durante a pesquisa resultando na
redação final do trabalho de conclusão.
1-
OS
ANOS INICIAIS DIANTE DAS PESQUISAS EDUCACIONAIS
Em
pesquisa feita por Magda Soares (2008) em seu livro Linguagem e Escrita - Uma
Perspectiva Social deixa transparecer que a preocupação com a qualidade de
ensino não é nova, o Brasil conta com um grande número de escolas, no entanto
ainda não atingiu uma escolarização de qualidade. Soares (2008) ainda
complementa que: Desde 1882 até hoje em pleno século XXI vários diagnósticos e
sugestões de educação popular tem estado constantemente no âmbito da política
em relação à educação no Brasil.”E também desde então e até hoje esse
discurso vem sempre inspirado nos ideais democráticos – liberais: o objetivo é
a igualdade social e a democratização do ensino é vista como instrumento
essencial para conquista desse objetivo”
(SOARES,
2008, P.08).
Há
urgência em tomar as rédeas da educação, formar pessoas capazes de lutar pelos
seus direitos, acabar com a sensação de que o povo de baixa renda não pode ter
uma educação de qualidade, e que sua estada neste país tem que ficar conhecida
como dominados pelo sistema político e suas reformas, que muitas das vezes não
contribui efetivamente para o crescimento de um povo, desfavorecidos de oportunidades
no contexto social. Pois como nos mostra Soares (2008) em sua pesquisa o censo
de 1980:
Apenas 64%,7 da população de 7 a
14anos estava, naquele ano, matriculada
no ensino de 1° grau ( e o ensino de 1° grau, pela constituição, é
obrigatório,nessa faixa de idade); ou seja: mais de 30% dos brasileiros entre 7
e 14 anos estavam fora da escola. Se se analisam os dados por Estados,
encontram - se percentagens inferiores a 50%em alguns estados, e muito pouco
superiores a 50% em vários outros. Em outras palavras: em muitos Estados
brasileiros, cerca da metade da população entre 7 e 14 anos está fora da
escola.
Em segundo lugar, e principalmente: a
escola que existe é antes contra o povo que para o povo. As taxas de
repetências e evasão mostram que os que conseguem entrar na escola, nela não
conseguem aprender, ou mão conseguem ficar. Segundo as estatísticas de cada
1000 crianças que iniciam a 1ª série, menos da metade completa a 2ª, menos de
um terço consegue atingir a 4ª, e menos de um quinto conclui o 1°grau. [...]. (SOARES, 2008, p09).
Percebe-se
que pesquisas diversas foram feitas para mostrar as quantas anda a educação no
âmbito nacional, esta foi realizada em 1980 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), e muito bem definida por SOARES, (2008) para
mostrar a realidade educacional dos alunos de 1°ao 5° ano no Brasil. Por mais
que a educação tenha crescido, transformado, mudado muitos pontos de vista, as
pesquisas mais recentes tem mostrado que ainda há uma defasagem em se tratando
da leitura e escrita como mostra mais uma de tantas pesquisas feita em âmbito
nacional, esta foi realizada em 2003 e trouxe após resultados negativos,
diversas mudanças. Tanto que Minas
Gerais foi um dos primeiros estados a implantar o ensino fundamental de nove
anos, procurando com isso alfabetizar as crianças mais cedo.
A leitura, as práticas e as competências
leitoras têm ocupado espaço considerável na educação e na mídia brasileira. Em
2003, o Brasil obteve desempenho insatisfatório em duas grandes pesquisas: uma
de âmbito nacional - Instituto Paulo Montenegro - divulgou que 72% de jovens
são alfabetos funcionais, ou seja, não sabem ler e escrever. Em outra
internacional, o PISA - Programa Internacional para Avaliação de Estudantes, o
país ocupou o 37°, lugar em letramento de leitura. Algumas ações têm tentado
mobilizar escolas, professores, diretores e sociedade para mudar este quadro:
PNLD - Programa Nacional do Trabalho Didático através dos módulos literários, o
PNBE - Programa Nacional Biblioteca na Escola, campanhas como "Tempo de
Leitura" e "Literatura em Minha Casa", entre outras. Estas
iniciativas mostram algo em comum: a utilização de textos literários e a
proposta para o uso de diversos tipos de textos nas ações voltadas para
leitura. [...]. (PEREIRA, 2011)
As recentes pesquisas mostram o quanto está
debilitado o ensino em se tratando dos anos iniciais. Partindo do princípio de
que os anos iniciais são a base para uma boa formação, nota-se que o ensino
médio tão pouco está repleto de alunos preparados para uma disputa de igual para
igual, quando vão concorrer as vagas em universidades públicas com jovens de
mesma idade com formação em escolas particulares, ou participarem de outras
tantas concorrências no mercado de trabalho. Dizer que alguém
possui conhecimento da escrita ou de leitura, é como dizer que a pessoa possui
um passaporte para outros universos, que pode com o auxilio de alguém ou
sozinho visitar infinitas culturas, pois quem lê; lê o mundo e por mais
distante que esteja de um determinado povo, pode dele se aproximar através de
seus escritos.
Pode-se chamar de alfabetizado aquele que domina a língua culta, que no
Brasil se adquire através da escolarização. Desde o momento que a
criança começa a entender o que ocorre ao seu redor; ela já inicia um contato
com o mundo da escrita, pois mesmo que em seu lar os pais e demais familiares
não cultive o hábito de ler, ao olhar para seus aparelhos domésticos e
eletrônicos, ao ligar a televisão, no decorrer da programação haverá a escrita.
Por mais afastada que uma pessoa viva do meio urbano, ela terá contato com a
leitura e escrita. Diante das necessidades diárias do ser humano, saber ler o
torna mais independente, por exemplo, pegar uma simples condução, para aquele
que lê é uma tarefa fácil, no entanto para quem não sabe se torna um fato de
dependência, pois precisará de terceiros para lhe indicar o veículo correto,
este é apenas um de tantos exemplos, pois para aquele que se vê no mundo da escrita
e não sabe transformá-la em um instrumento de auxílio ou prazer, se sente como
um cego diante da vida em sociedade.
Quando as crianças
chegam ao Ensino Fundamental, possuem um bom domínio da língua materna: sabem
utilizá-la para fins de comunicação, sabem sua estrutura sintática e têm um
adequado conhecimento do léxico. Sobre a escrita, podemos dizer que as crianças
chegam à escola sabendo suas funções (para que as pessoas leem e escrevem) e
sua estrutura em muitos gêneros textuais, reconhecem os sinais gráficos, são
capazes de fazer o reconhecimento de algumas palavras, etc. O trabalho
pedagógico desenvolvido na escola busca ampliar o desenvolvimento cognitivo e
cultural das crianças.
(MONTEIRO, BAPTISTA in SALTO PARA O FUTURO, p.17).
O professor precisa ter em mente, que o aluno já chega à escola,
interagindo com seus colegas e a sociedade que o cerca, ele não chega à escola
como um papel em branco, ou um cofre onde devem ser depositados os saberes
alheios. Para que aja uma aprendizagem de fato é imprescindível que o professor
respeite os conhecimentos que seus educandos trazem consigo, e com isso
realmente estabelecer uma troca, pois ensinando se aprende e aprendendo se
ensina. O que não é nada fácil para o
professor determinar logo de inicio quais as dificuldades de uma criança assim
que ela é inserida no 1° ciclo, pois lhe falta o conhecimento sobre tal
criança. Esse conhecimento vem com o decorrer das aulas durante as atividades.
E muitas das vezes ao chegar ao termino das aulas em dezembro, dá-se a
impressão que tanto os educandos quanto o professor ainda não construíram um
relacionamento de intimidade e de troca. Onde se percebe que muitos professores
encontram inúmeras dificuldades em saber quais são esses conhecimentos já
adquiridos pelos alunos, e como usá-los para construir a aprendizagem
significativa (MINGUET, p.164, 1998).
Até pouco tempo
atrás o discurso era que, não havia por parte dos estudiosos, uma preocupação
com o conhecimento que um aluno trazia consigo e sua utilidade em sala de aula,
no entanto (Minguet 1998, p 168), nos mostra que:
Diversos trabalhos de pesquisa apud in ( Coll,Ce Valls, E.,(1992); Pozo
,J, I., Limon, M., Sanz, A, Limon, M,(1991) concordam que as causas da formação
destes conhecimentos prévios frequentemente inexatos desde o ponto de vista
cientifico, segundo temos observado, são
os predomínio do perceptivo, a utilização de um raciocínio casual linear e
simples, a influencia da cultura e a sociedade que se manifesta especialmente
na linguagem e nos meios de comunicação, e também determinadas exposições
didática inadequadas que geram ideias cientificas errônea. (MINGUET, 1998,
p, 164).
Onde o autor mostra que “as diversas causas podem ser
agrupadas em três tipos de concepções que se interagem entre si’ ‘apud in (Coll, C Valls, E, (1992); Pozo, J, I., Limon, M., Sanz, A,
Limon, M,(1991); (MINGUET, 1998, p166 ). Em sua obra o autor faz um vasto
comentário sobre as concepções, espontâneas,sociais e analógicas Segundo MINGUET,(1998,p.166-167).
As concepções
espontâneas são formadas a partir dos hábitos diários, percebidos por processos
sensoriais e se bem utilizada em sala de aula, ajudarão o professor e aluno,
pois esta concepção pode ser explorada de várias maneiras, sendo através do
olhar, do tocar, do comparar, neste processo pode se trabalhar, temperatura,
quantidade, e porque não dizer a escrita. Ao perceber a diferença de um objeto
ou uma letra, por estar desenhada ou escrita de forma distinta, pode parecer
maior ou menor; pois nesta concepção a criança aprende através do erro, e da
constatação do porque desse ou daquela maneira de escrever ser igual ou
diferente. E percebem que suas impressões são sempre feitas baseadas em
conhecimentos já adquiridos em seu dia-a-dia. Já a concepção social é
adquirida, na convivência com as demais pessoas tanto em família quanto em
sociedade, cabendo ao professor ter um bom conhecimento dos hábitos da
sociedade onde esta inserida a escola em que trabalha para melhor conhecimento
dos costumes sociais e assim escolher textos que diretamente ou indiretamente
contribuam para a transformação ética de seus educandos; e também aprender com
eles sua cultura e como orientá-los a melhores escolhas em sociedade, pois como
cita os PCNs de Introdução:
“[...] espera-se
que eles adquiriram progressivamente uma competência em relação à linguagem que
lhes possibilite resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens
culturais e alcançar a participação plena no mundo letrado [...]”
(PCN, L P, 1997, p.33).
Em relação ao conhecimento analógico Minguet (2001) aponta que o
conceito analógico advém do individuo que ao participar de uma tarefa não tem
nenhum conhecimento anterior do significado ou do método que serão utilizados
na realização da mesma, partindo de comparações mentais com objetos já
conhecidos e devido a isso, fica então a cargo do professor esclarecer o máximo
possível os conteúdos trabalhados, afim de não deixar que o educando faça uma
ideia errônea do assunto fazendo comparações que dificultaria seu aprendizado.
Conhecimento prévio é aquele que
o aluno trás consigo ao chegar à escola, seja adquirido em casa no contexto
familiar, ou com diversas outras pessoas em sociedade, e o conhecimento que o
aluno ainda não tem será buscado por comparação. Diante disso ao aproximar uma
aula ao cotidiano de seus alunos, o professor terá maior sucesso com a
aprendizagem dos mesmos. E partindo deste principio, escola, professores e pais
precisam se unir, num sentido de cooperação mutua, mostrando para seus
educandos o valor de ser um ser alfabetizado, pois alfabetizar não se resume
apenas ao processo de decodificar letras e grafemas, ou juntar palavras para se
formar frases. Ser alfabetizado é antes de mais nada, ler não só pelo prazer de saber ler , é a união
de hábitos costumes e por não dizer sua separação, e conhecer o outro em si
mesmo e fazer de sua sociedade o meio para ganhar o mundo, é se sentir um ser pensante capaz de pela
leitura transformar realidades a começar pela sua própria
A sala de aula esta repleta de crianças que chegam a ela com inúmeras
perspectivas; dentre elas a de aprender a ler e escrever, vê no professor sua
grande oportunidade de por intermédio dele se tornar um ser sábio, tanto quanto
ele, pois no primeiro momento o detentor de toda sabedoria e o conhecimento
está representada na figura do professor, mas como mostra claramente Ferreiro,
os professores muitas das vezes formam uma ideia pré-concebida de seus alunos,
o que apenas dificulta para ambos, no decorrer da vida escolar dos mesmos.
1.1 MINAS GERAIS E O CAMINHAR NAS
SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Desde a divulgação do resultado do Sistema de Avaliação da Educação
Básica (SAEB) e do Programa de Avaliação de Estudantes (PISA), em 2003, ficou
noticiado o fracasso escolar no âmbito nacional, principalmente em relação a
escrita e leitura a atual pesquisa conseguiu incomodar governo e estudiosos que
se viram obrigados a tomar algumas providências em relação ao ensino em Minas
Gerais como nos mostra (Ribeiro, 2008 p.15), Naquele mesmo ano o Ensino
Fundamental teve a quantidade de anos aumentada de oito para nove anos, visando
a melhoria na qualidade de ensino e na alfabetização, pois deste modo espera-se
que ao acrescentar mais um ano na vida escolar
às crianças os resultados serão mais positivos.
Nota-se que a educação, anda, para, vai adiante e sempre haverá novas
reformas, que dirá que deste ou daquele jeito de fazer, será o caminho que
facilitará para que os alunos adquiram melhores conhecimentos sobre os
conteúdos previamente estabelecidos pelos currículos escolares, mais se sabe
que o país é composto por diversas culturas e que o que pode dar certo em um
estado, pode não dar certo em outro, em Minas Gerais; por exemplo, encontra -
se uma diversidade imensa ao observar seu povo, há muitas diferenças de um
município a outro, tanto no linguajar, como no modo de agir das pessoas.
Contudo o Estado de Minas Gerais esta
procurando fazer com que acabe o analfabetismo, e consequentemente termos
alunos, capazes de construir uma visão melhor de si mesmo. Pois a auto-estima
de um aluno que passa de quatro a cinco anos frequentando a escola e não
aprende a ler nem tão pouco escrever, é fortemente abalada. Como nos mostra
Filho (2010).
Vivemos numa época em que se
reverberam os maus tratos às crianças, aos idosos e aos desvalidos de oportunidades.
Está confinado em nosso pensamento, em áreas estanques do viver humano, que os
pretensamente mais fortes e sabidos martirizam os menores, os inocentes, os
incautos e aqueles que são faltos da “malicia”, infelizmente, exigida para
alcançar alguma forma de “sucesso”. Esquecemos de maus – tratos é também a
negação da ternura no dia a dia da convivência com aqueles a quem pretendemos
educar para a vida, sem nos darmos conta de que a educação para viver é
simplesmente viver e permitir viver. A ternura se consubstancia no respeito, na
espera e na valorização do patrimônio de cada um. Por restrito que possa
parecer. (FILHO, 2010, p, 15 -16).
Para uma efetiva alfabetização e transformação em se tratando de alunos
com dificuldades de aprendizagem, se faz necessário que os erros sejam
apontados de forma a contribuir para futuros acertos e não para intimidar quem
o cometeu.
Cabe ao professor procurar rever seus pontos de vista observar em
primeiro lugar a si próprio, para rever seu modo de agir com seus educandos,
achar onde está insistindo e onde e como
fazer a mudança, pois cada” ser” tem sua maneira de aprender, e muita das vezes
o professor não procura interagir com as infinitas linguagens, há diversas
formas de aprender e também de
ensinar, como aponta ( FILHO, 2010, 79):
Em pedagogia, chamar a atenção
reiteradamente para o erro ou para deficiência, sem apontar alternativas para
ordenação das atitudes e das ações pessoais, é acentuar a impossibilidade de recuperação.
È desumano prevalecermos no outro, fazendo dele o depositário da nossa
indignação. Ou amamos aponto de oferecer ajuda, mesmo com a possibilidade de
recusa, ou continuamos a amar mesmo através de uma ação silenciosa. (FILHO 2010,
p.79).
O
que fortalece o homem, não são apenas seus acertos, mas o caminho trilhado para
atingi-los. Esse processo de aquisição de conhecimento e aprendizagem será mais
prazeroso, quando trilhado juntamente com um professor que conhece o segredo do
caminhar junto e da infinita troca de afeto, carinho e interação principalmente
nos momentos de dificuldades de seus alunos lembrando sempre que cada indivíduo
é único e, portanto o entender de cada educando também será único. Como nos
cita Filho, (2010).“A
ternura é irmã siamesa da paciência; uma não existe sem a outra. Se não há ternura em um empreendimento
pedagógico, desconfiemos de sua autenticidade.” (FILHO,
2010, P.79.).
A partir da década de 1980, várias
teorias mostram que o aprendizado da escrita não se reduziria ao domínio de
correspondência entre grafemas e fonemas (a decodificação e codificação), mas
se caracterizaria como um processo ativo, por meio do qual, desde os primeiros
contatos com a escrita; a criança construiria e reconstruiria hipótese sobre a
natureza e o funcionamento da língua escrita como um sistema de representação. (BRIZZOTT, AROEIRA,
PORTO, 2010 p.36).
Percebe-se
que a década de 80 foi de suma importância para as transformações que viriam,
mas esta transformação não começou em 1980, como mostra Pereira (2008).
O século XX foi marcado por vários fatos
que sobressaíram no processo de transformações das particularidades políticas
brasileiras. Foi nesta época que aconteceu o Movimento dos 18 do forte (1922),
a Semana de Arte Moderna (1922), a fundação do Partido Comunista (1922) a
Revolução Tenentista (1924) e a Coluna Prestes (1924 a 1927) foi nesta década
que a educação passou por diversas reformas de abrangência estadual, como a de
Lourenço Filho no Ceará, em 1923, a de Anísio Teixeira, na Bahia, em 1925, a de
Francisco Campos e Casassanta, em Minas, em 1927, a de Fernando de Azeredo, no
Distrito Federal (atual Rio de Janeiro), em1928 e de Carneiro Leão, em
Pernambuco.
Não
somente a década de 20 houve mudanças importantes para a educação, mas nas
décadas posteriores também houve reformas e expectativas em uma educação de
qualidade para o povo de baixa renda, no entanto durante o regime militar o
avanço da educação teve mais um de seus tantos entraves, o que mais uma vez
contribuiu para que a educação ficasse estagnada; foi neste período que muitos dos que lutavam para uma educação de qualidade
para o povo, foram exilados do país, e os que permaneceram sofreram todos os
tipos de torturas tanto física quanto psicológica, pagando muita das vezes com
a própria vida.
Um
dos exilados foi o pensador Paulo Freire; que ao retornar para o Brasil,
continuou investindo na educação brasileira e sua luta pela educação deixou um vasto material, onde coloca o ser
humano numa situação de capacidades infinitas, sendo recomendado por diversos
estudiosos.
Freire se preocupou principalmente com a
Educação de Jovens e Adultos, no entanto sua obra alcança todas as fases da
educação. Não raro encontramos citações referentes a Ele em diversos artigos
direcionados ao Ensino Fundamental e assim por diante.
Paulo
Freire em sua obra Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática
Educativa deixa por meio de seu exemplo pessoal, como o afeto, contribui para
sem dúvida nenhuma com o aprendizado do ser humano, pois quem diria que aquele
estudante inseguro e por não dizer com uma auto-estima baixa; se tornaria o
renomado Paulo Freire reconhecido em todo o mundo, como exemplo para qualquer
educador, que queira fazer a diferença, como fica claro não foi o muito falar
de um mestre, mas apenas um gesto que desencadeou a segurança necessária, para
o sucesso de uma pessoa. Como o próprio pensador afirma:
“Às
vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um
simples gesto do professor. O que pode um gesto aparentemente insignificante
valer como força formadora ou como contribuição à do educando por si mesmo.” (FREIRE,
2010,42).
Onde
ele continua com seu relato pessoal procurando demonstrar que a insegurança
também provoca reações diversas, tais como agressão e muitas outras
consequencia que se encontra aos montes em sala de aulas.
Nunca me esqueço, na história já longa
de minha memória, de um desses gestos de professor que tive na adolescência
remota. Gesto cuja significação mais profunda talvez tenha passado despercebida
por ele, o professor, e que teve importante influência sobre mim. Estava então
sendo, então um adolescente inseguro, vendo - me como um corpo anguloso e feio,
percebendo - me menos capaz do que os outros, fortemente incerto de minhas
possibilidades. Facilmente me eriçava. Qualquer consideração feita por um
colega rico da classe já me parecia o chamamento à atenção de minhas
fragilidades, de minha insegurança (FREIRE, 2010, p.43).
Com
um gesto de cabeça, um olhar de aprovação o professor contribuiu para a
formação segura de um homem que como relata ao falar de si em seu livro
direciona o leitor a pensar em seus atos não somente com seus alunos, mas com
as demais pessoas que povoam suas vidas, tais como pais, filhos, amigos etc.
Como prossegue Freire em seu relato:
O professor trouxera de casa os nossos
trabalhos escolares e, chamando – um a um, devolvia - os com o seu ajuizamento.
Em certo momento me chama e, olhando ou re- olhando o meu texto, sem dizer
palavra, balança a cabeça numa demonstração de e consideração. O gesto do
professor contribuiu mais que a própria nota dez que atribuiu a minha redação.
O gesto do professor me trazia uma confiança ainda obviamente desconfiada de
que era possível trabalhar e produzir. De que era possível confiar em mim, mas
que seria tão errado confiar além dos limites quanto era errado estava sendo
não confiar.
(FREIRE,
2010, p.43).
Freire
ao relatar este fato demonstra que atitudes advindas principalmente dos
professores em relação a seus alunos contribuem tanto para o crescimento do
educando, quanto para o agravamento de inseguranças comuns do ser humano em seu
crescimento, pois crescer assusta e traz consigo dúvidas , inseguranças que
muita das vezes só quem as possui , sabem o quanto fere.
Um
olhar de carinho, um sorriso, um parabéns, um continue assim, um você consegue
faz toda diferença na mente humana, derrubando muitos bloqueios que se formaria
no intelecto do aluno.
1.2 O
LIVRO NOSSO CONHECIDO COMPANHEIRO
Vera
Maria Tieztmann Silva em LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA: um guia para
professores e promotores de leitura, (2009), trás desde seu prefacio um breve
histórico sobre a qualidade da produção dos livros infantis e muitas dicas de
como estas obras auxiliam os professores em sua jornada com os educandos. O que
chama atenção são seus comentários sobre obras como Cazuza de Viriato Correia,
as obras de Monteiro lobato entre outras e suas contribuições para sala de
aula.
Silva,
(2009) em suas comparações aponta que Tales de Andrade e Viriato Correia se
encontram incluído entre os pioneiros da ficção para crianças. “O
primeiro é autor de saudade (1919), narrativa calcada em Coração, com a
diferença, apenas, do tempo, que não é o presente, mas o da memória, como em
Pompéia e Machado; e a intenção, que é a de valorizar a vida rural.” (SILVA, 2009 p.25).
Em
sua obra Silvia (2009), remete o leitor a história do avanço dos vários gêneros
literários já publicados, procurando mostrar a diversidades de obras,
comparando a visão de cada escritor em relação à época em que foi escrita;
tornando uma excelente fonte de leitura para profissionais que trabalham com
alfabetização e leitura e outras áreas onde se faça necessário à comparação de
obras. Pois:
Literatura é a única manifestação de
arte que tem uma condição para o leitor: ser alfabetizado. Diferente do teatro,
da pintura, da escultura, da música e da dança, que não apresentam condições
para espectador, a leitura exige que o leitor saiba ler. A criança pequena
depende do adulto para fazer a mediação da leitura. E a criança maior, já
alfabetizada, precisa do adulto para aproximá-la do livro, sejam os pais, os
tios, o professor ou o bibliotecário. (PARREIRAS, 2009, p.17).
O
que remete a Souza org. (2009), quando cita o renomado escritor Elias José,
onde ele deixa claro que a leitura auxilia tanto aquele que já sabe ler, quanto
a uma criança que ao pegar um livro, vai apenas brincar. já se faz notório que
brincando se aprende, e ouvindo de seus pais historias infantis, mesmo que a
criança não siba ler ficara a sensação que aquele objeto “Livro”, é algo
prazeroso.
[....] Pais e professores fiquem
atentos se quiserem formar gerações de pessoas felizes e aptas a vencerem na
vida. O livro infantil, que é oferecido para a criança ler, ou é lido para ela,
caso não esteja alfabetizada ainda, é brinquedo capaz de despertar o interesse
pelas coisas sensíveis, criativas e inteligentes e belas. Através das histórias
fictícias e da poesia, fazemos uma viagem de sonho de puro encantamento.
Aprendemos sem traumas, a lidar com problemas diários. Conhecemos melhor a
realidade que nos cerca. Crianças e jovens que não tiveram o seu imaginário
desenvolvido, aquecido pela leitura literária, pela dramatização, pelo poder de
encantamento da música e das artes plásticas, serão pessimistas, endurecidos, incapazes
de sorrir e de ser feliz, [...] (José 2007, p.29) (SOUZA, 2009, p 37)
Já
se faz notório que as crianças aprendem por imitação, sendo assim melhor seria
que em todos os lares as crianças pudessem ver seus irmãos; pais e demais
membros de sua família lendo. Em lares
que o hábito de ler é presenciado pelos filhos, a leitura é vista pelos
pequenos como normal, contribuindo para uma melhor adaptação ao se inserida na
escola.
CAPITULO II
2. A CONTRIBUIÇÂO DE
PIAGET E VYGOTSKY NA EDUCAÇÃO
Piaget
contribuiu e continua contribuindo para a educação de grande maneira,
principalmente para professores que procuram entender seus alunos para
ajudá-los nos momentos de dificuldades.
O
desenvolvimento intelectual humano é fruto de suas relações internas com o
mundo exterior. Essa relação leva a um constante equilíbrio e desequilíbrio.
Quando o equilíbrio se torna estável surge à adaptação segundo BRIZZOTT,
AROEIRA, PORTO. (2010) sobre a Teoria de Piagetiana.
Segundo BRIZZOTT, AROEIRA, PORTO
(2010, p. 17). A criança aos sete anos, já possui maior facilidade em separar o
real do irreal, iniciando o período da lógica. De acordo com Teoria de Piaget.
Nessa etapa a realidade da criança passa a ser organizada mais pela razão que
pela absorção do ego. A criança passa a notar a necessidade de esclarecer pela
lógica seus pensamentos e atos, trocando a aptidão de ludicidade do pensamento,
que confunde a realidade e fantasia por
ações críticas.
Percebe-se
ao estudar Piaget que ele, procurou mostrar o desenvolvimento do ser humano
segundo o desenvolvimento interno do ser, dependendo de sua idade biológica.
Enquanto Vygotsky procurou mostrar a relação do ser humano em relação ao meio
em que vive.
“Uma grande contribuição para os estudos sobre a aquisição do
conhecimento veio de Vygotsky, que mostra a importância da interação social e,
nesse processo de interação, a importância da linguagem”. (BRIZZOTT,
AROEIRA, PORTO. 2010 p. 20).
Para
entender as dificuldades encontradas em diversos alunos que passam a frequentar
os anos iniciais do Ensino Fundamental, normalmente coloca – se causas
prováveis como a situação econômica dos pais; o analfabetismo deles e por não
dizer o sistema educacional como um todo, não da pra negar que estes fatores
possam contribuir e muito para que os educandos desta fase encontrem maior
dificuldade que os de famílias com maior poder aquisitivo, no entanto como nos
mostra Freire, (2010, p. 16), o profissional bem preparado faz a grande diferença.
Pois se uma docente no inicio de carreira for trabalhar numa instituição de
ensino infantil e não tiver uma boa base teórica ou um mínimo de prática, corre
um sério risco de ao invés de contribuir positivamente com a instituição,
contribuir negativamente, além de prejudicar de grande maneira os educandos. A criança nesta primeira
fase está voltada mais para si e o brincar, de acordo com (Freire 2010, p 17):
Que quanto mais nova a criança, mais
individual e auto centrado é seu brinquedo, A criança em sua primeira infância
é muito centrada nela mesma. Constrói sua realidade trabalhosamente, adquirindo
noções espaciais, temporais e do próprio corpo, diferenciando – se, assim, dos
objetos ao seu redor. È plenamente admissível, portanto, que essa centração
nela mesma permaneça, durante algum tempo. O que não se deseja é que essa
autocentração estenda – se por longo tempo, atravessando a segunda infância,
adolescência e idade adulta. (Freire 2010, p 17).
Inserir
esta criança no mundo da escrita e da leitura, esperando que aos cinco anos de
idade ela já saiba ler e escrever é uma pretensão tamanha, pois o que mais
importa nestes primeiros anos é que a criança adquira bons relacionamentos com
as outras crianças e com as demais pessoas de sua convivência; não significando
que passará esse período sem conviver com os símbolos da escrita e tão pouco de
leitura, pois por meio de contos infantis, teatrinho, fabula e diversos outros
trabalhos de interação podem contribuir para que estas crianças adquiram o bom
gosto pela instituição de ensino e o desejo de estar nas séries seguintes
galgando degraus maiores em conhecimento oferecido pela instituição.
A construção do conhecimento das crianças
nessa etapa depende das relações que vai formando com os demais e os objetos.
Nada ainda em águas rasas, sem sair de perto das margens. O seu conhecimento
sobre si mesmo ainda é pouco para firmar relações de convívio com o outro, e
por isso se concentra mais nas brincadeiras individuais. O qual nos remete a
Vygotsky, apud Freire (2010 p,18) quando diz que o desenvolvimento da criança
se dá de sua relação com o meio que o cerca:
Cabe a escola, portanto respeitar esta
característica da criança que entra na escola logo na primeira infância, pois quando
o espaço escolar permite que a criança aja em liberdade e ambiente familiar não
a comprometer física e intelectualmente, ela chegara ao ensino fundamental
razoavelmente socializada e estabelecendo relações de troca com seus iguais, ou
seja, com seus colegas de turma na escola. (FREIRE, 2010, p.18).
Freire vai além, alertando sobre o perigo da
pretensão de alfabetizar as crianças precocemente, como instigaria alguns
estudiosos na área de leitura e escrita dizendo que:
As
escolinhas da primeira infância que se dizem piagetianas, mas de seu método
aproveita apena o que ele sugere em relação à alfabetização das crianças
seguindo a linha de pensamento de Emilia Ferreiro. De acordo com freire, (2010):
Emilia Ferreiro, possivelmente concordaria em que
nada vale esse enorme esforço para alfabetizar se a aprendizagem não for
significativa. E o significado, nessa primeira fase da vida, depende, mais que
em qualquer outra ação corporal. Entre sinais gráficos de uma língua escrita e
o mundo concreto, existe um mediado, às vezes esquecido, que é a ação corporal.
De acordo com Freire (2010), Já há algumas
escolas de educação infantil, contendo sua pressa em alfabetizar antes da hora,
pois aprenderam com a teoria de Emilia Ferreiro entre outros, que alfabetização
é algo que se aprende constantemente, livre do docente, ou seja, neste processo
o educador representa um papel de relevância, não restrito. Contudo, o
planejamento de uma escrita e leitura que a sociedade entenda não precisa ser
precoce, e sim consequencia do processo que a criança realiza a alfabetização
tendo como apoio a escola. As crianças estão ainda na primeira infância ao
entrar no primeiro ciclo dos anos iniciais, incutindo ao professor mais
responsabilidade, com o educando indo estas crianças alcançar um nível mais
perene já aos oito anos segundo Freire:
A partir da segunda infância de posse
de mecanismos que lhe possibilitam representar o mundo, situando - se entre os
objetos sem sentir mais o centro de todas as coisas, a criança pode compreender
de forma lógica sua vida de relações. È perceptível partir daí, seu ajustamento
à realidade exterior; consequentemente, a representação fantasiosa que
caracteriza a primeira infância - mesmo continuando a existir – será superada
por uma representação simbólica mais comprometida com os elementos da realidade
concreta com os quais a criança interage. (FREIRE, 2010, p.78).
Onde
Freire mostra o valor da educação corporal que bem dirigida na vida dos
pequenos que inserem aos 06 anos nas series iniciais, o professor deve elaborar
suas aulas integrando um conteúdo ao outro num ambiente de descontração, e não
apenas ficar com a ideia fixa de alfabetizar puramente em aulas expositivas,onde
apenas se passa o conteúdo para os alunos copiarem e memorizarem, pois este não
é o objetivo de nossa língua, como nos mostra os Parâmetros Curriculares
Nacionais de Português.
Em (Ivo, p 27). “O PCN de Língua Portuguesa assinala que o ensino da nossa
língua tem o objetivo de desenvolver no educando as quatro habilidades
lingüísticas: leitura, escrita, oralidade e produção de texto.
De
acordo com CAGLIARI, 1998 apud in, Brizzott, Aroeira, Porto. (2010 p. 36):
O processo de alfabetização inclui
muitos fatores e, quanto mais ciente estiver o professor de como se da o
processo de aquisição de conhecimento, de como uma criança se situa em termos
de desenvolvimento emocional, de como vem evoluindo o seu processo de interação
social, da natureza da realidade línguistica envolvida no momento em que está
esse professor de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo de
aprendizagem, sem os sofrimentos habituais. (CAGLIARI, 1998 apud in, BRIZZOTT, AROEIRA,
PORTO, 2010 p. 36):
Os
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, deixam claro que o
professor de Língua Portuguesa, tem que estar muito bem, preparado, buscar o
conhecimento individual de cada educando, ser bem informado sobre os fatos que
permeiam a sociedade, pois a ele foi delegada grande responsabilidade a de
transformar seu educando em leitor do mundo. Hoje com o avanço das novas tecnologias,
quando o professor pensa, que conhece determinado assunto com maestria, chega à
sala de aula o aluno com várias novidades que colocaria o professor em uma
situação embaraçosa. Pois o PCN de Língua Portuguesa (1997) deixa claro que:
Os objetivos de Língua Portuguesa
salientam também a necessidade de os cidadãos desenvolverem sua capacidade de
compreender textos orais e escritos, de assumir a palavra e produzir textos, em
situações de participação social. Ao propor que se ensine aos alunos o uso das
diferentes formas de linguagem verbal (oral e escrita), busca – se o
desenvolvimento da capacidade de atuação construtiva transformadora. [...].A
aprendizagem precisa então estar
inserida em ações reais de intervenção, a começar pelo âmbito da própria escola.(PCN
LINGUA PORTUGUESA v.02 ,1997 p.46
O professor antes de quere tornar seus
alunos em bons leitores deve ser também um bom leitor. Pois assim passará a
seus alunos esse sentimento de prazer em relação à leitura, pesquisar em diversas
fontes, usar todas as formas de linguagens, trazer a realidade que cerca seus
educandos para sala de aula, por meio de textos que contextualizam a sua
comunidade, elaborar projetos para serem realizados fora da sala de aula, e quando possível realizar projetos que incluam
os pais. E com isso trazer um pouco da cultura de seus alunos para o ambiente
escolar. Pois o falante de uma língua não tem a menor consciência de sua
sabedoria, Segundo Bagno (2009):
Poderíamos dizer que
a grande tarefa da ciência linguistica é descobrir e explicar aquilo que os falantes sabem, mas não sabem
que sabem. O conhecimento intuitivo que cada ser humano tem de sua língua materna
e uma dos mais fascinantes mistérios da ciência. [...]. Por isso o línguista
honesto é aquele que reconhece humildemente que qualquer falante de uma língua é o melhor gramático que existe.
(BAGNO, 2009, p.187. Grifo do autor).
Pois alfabetizar vai além do decodificar
letra e grafemas. Para que uma sociedade mude se faz necessário conhecer seus
problemas e procurar possíveis soluções, e para conscientizar é preciso que os
educandos revejam suas ações e também as de seus companheiros tanto na escola
quanto fora dela. Um dos desafios deste século, é o desperdiço com os meios
naturais, a mídia alerta, algumas campanhas são feita visando a levar a
população a economizar em todos os sentidos seja, no consumo excessivo de bens industrializados,
ou em relação à própria água, no entanto o desperdiço se faz presente, onde ele
deveria ser combatido nas escolas, e deixa a sensação que passar essas ideias e
cobrar a resposta certa nas provas é o que verdadeiramente interessa. Quando na
verdade a função da educação é preparar esse educando para agir em seu próprio
beneficio, e assim para contribuir para que a sociedade mude.
O pequeno aluno/aluna de hoje será o
homem/ mulher, adulta/adulto de amanhã. O aprendido de hoje fará a diferença no
amanhã, transformar realidades não cabe só a escola, porém a ela está delegada
esta responsabilidade, cabendo ao docente saber que de todo avanço que seu
aluno fizer a ele será atribuído a maior parte, assim como os fracassos também.
Como aponta (Silveira) em seu artigo. “Ser
educador hoje é viver intensamente o seu tempo; conviver é ter consciência e
sensibilidade” (SILVEIRA, 2010 P.01).
2.1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
EM JENIPAPO DE MINAS
Jenipapo
de Minas - MG, localizada no Vale Jequitinhonha, no Nordeste de Minas Gerais,
aproximadamente a 554 km de Belo Horizonte, faz fronteiras com os municípios de
Araçuaí, Francisco Badaró, Minas Novas e Novo Cruzeiro. Jenipapo de Minas ainda
é considerada nova, pois foi emancipada em (1997), seu povo muito voltado a
educação, tem colocado seu nome em muitos anais da história da educação
brasileira. Agora em 2012, Jenipapo de Minas conta com duas escolas estaduais e
doze municipais, sendo dez multisseriadas nas comunidades rurais uma creche e
um pré – escolar na cidade. A escola Estadual Nossa Senhora de Fátima, atende
aos anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, A Escola Estadual Padre
Willy, atende aos anos Iniciais do Ensino Fundamental e também a Educação Inclusiva.
Ainda
conta com apoio da (AJENAI) “Associação Jenipapense de Assistência a Infância”
que por intermédio do Cantinho dos sonhos participa com projetos voltados a
leitura tanto nas escolas da zona rural quanto na Escola Estadual Padre Willy,
Jenipapo ainda conta com a Biblioteca Municipal Elizete Martins.
As
escolas administrada pelo Departamento de educação da prefeitura de Jenipapo de
Minas, atende os anos iniciais, e vem fazendo um trabalho de parceria para que
ao final do 6° ano, tenham obtidos resultados positivos e tendo sua demanda de
alunos alfabetizados. Procurando investir na formação continuada de seus
professores, montando mines bibliotecas em suas escolas e ainda assessorando a
Biblioteca Municipal instalada na sede do Município. Para melhor entendimento da real situação dos
alunos em se tratando de leitura, Apresentação dos resultados da coleta/análise
de dados colhidas na pesquisa de campo. Inicialmente, serão abordados os dados
de identificação das amostras entrevistadas, seguida da análise de questões
específicas relativas ao tema. As informações apresentadas dizem respeito a
dados coletados no Departamento Municipal de Educação de Jenipapo de Minas,
Escola Estadual Padre Willy, AJENAI, uma vez que as pesquisas pretendem tomar
como referência o estudo comparativo com o resultado negativo sobre
alfabetização e leitura no âmbito nacional feita por órgãos como o PISA entre outros.
Inicialmente foi apresentado a todos os entrevistados
(as) um breve resumo do resultado da pesquisa, como citada abaixo: Apenas
identificarei quem autorizou citar seu nome.
Tendo em vista que as últimas pesquisas
feitas pelos órgãos competentes, como o PISA, em (2003) entre outros, foi
constatado que o Brasil de uma forma geral está com um sério problema em se
tratando de leitura e escrita. Os alunos que aprenderam a ler e escrever são em
grande quantidade analfabetos funcionais, e a maioria que frequentam as séries
iniciais não atinge o conhecimento necessário para seguir adiante com seus
estudos ao chegar ao 6° ano. Venho por meio desta pesquisa, levantar dados
sobre o Município de Jenipapo de Minas por meio de suas instituições de ensino.
Supervisoras entrevistadas quatro no total, duas que
atendem dozes escola da rede Municipal de Jenipapo de minas, todas localizadas
na zona rural. E duas que atende a Escola Estadual Padre Willy. Onde relataram
ao serem questionadas se: a realidade desta instituição contradiz estas
recentes pesquisas? Ambas do Departamento Municipal de Educação concordaram
que:
Não Contradiz, mas se compararmos os anos
anteriores com os mais recentes, pode se observar que a educação do Município
de Jenipapo de Minas teve grandes avanços de proficiência com gráficos dos
resultados das avaliações externas como PROALFA e PROEB, onde se avalia a
leitura e a escrita dos alunos (S. D. M. E)[1].
Como demonstra a profissional há avanços, mas inda há
muito por fazer para que todos chegue ao final do ensino fundamental lendo
interpretando o que se lê.
Quando questionadas como a instituição vem contribuindo
para tornar o alunado em bons leitores? Uma das entrevistadas deixou claro diante dos
resultados negativos na referente pesquisa em 2003, foi estabelecido um novo
planejamento e construção de projetos pedagógicos voltados a essas crianças com
dificuldades de alfabetização.
Ao observar através dos resultados das
avaliações externas como: PROAL que avalia os alunos do 3° ano e o PROEB que
avalia os alunos do 5° ano. Foi formada a equipe pedagógica que tem como
objetivo atender os que não alcançaram uma proficiência equivalente a estimada,
através de intervenções pedagógicas. É desenvolvido também projetos que
estimulam os alunos a ser bons leitores, como o Cantinho dos Sonhos, que tem
parceria com a AJENAI. Através de Material dourados como: Alfabeto móvel nas
letras cursivas e bastão, alfabeto ilustrado, dominó alfabetização. Brinquedos
didáticos que incluem: cubos de vogais, abecedário e pote alfabeto. (S.
D. M.E).
Em relação a participação da família se havia participação
ou omissão por parte dos pais?
Não houve resposta. Percebe- se que estão preocupadas com
os resultados negativos e providências foram e estão sendo tomadas para mudar a
situação dos alunos quanto à leitura e escrita, no entanto ao não ter uma visão
sobre a participação dos pais, deixa um leque para infinitas interpretações. Pois
se faz notório que a contribuição da família junto à escola é um dos primeiros
passos para que haja um bom aprendizado por parte dos educandos. Haja vista que
se escola é a base do saber a família é a base do bem viver.
As mesmas questões foram feita na
Escola Estadual Padre Willy onde uma das entrevistadas aponta que:
Estão conscientes em relação às
dificuldades de ler e escrever de alguns
alunos, e que estão fazendo o máximo para saná-las , no entanto os fatores que
contribuem para que essas crianças permaneçam com muitas dificuldade no âmbito
escolar ainda é a ausência da família.
Não. Infelizmente há em
nossa escola alunos que não sabe ler e escrever no 6° ano de escolaridade. A
escola oferece reforço dentro do horário de aula para os alunos com dificuldade
de aprendizagem; os professores fazem a intervenção pedagógica de acordo com a
dificuldade do aluno; mas ainda falta a responsabilidade dos pais no
acompanhamento escolar e procurar ajuda de um especialista, como: psicólogo,
psiquiatra, neurologista etc.(RAMALHO)[2].
Quando
questionadas como a respectiva escola vem contribuindo para tornar o alunado em
bons leitores?
“Durante o ano a escola
promove vários projetos de leitura; os professores promovem momentos de leitura
toda semana; além do incentivo das bibliotecárias para os alunos leem mais. (RAMALHO).
Em
relação a participação da família ficou claro que. “A participação das
famílias na vida escolar dos filhos que são mais indisciplinados deixa muito a
desejar. A escola, muitas vezes na atinge, a proficiência recomendada, por
negligencia de alguns pais para com os filhos.” (RAMALHO).
Em entrevista a Coordenadora da AJENAI, quando perguntada se a
realidade com as crianças e suas famílias atendidas contradiz estas recentes
pesquisas.
A
entrevistada apontou que infelizmente ainda encontra muitas crianças, jovens e
adolescentes com defasagem em leitura e escrita:
Não. O contato com as crianças, adolescentes, jovens e suas
famílias por meio dos encontros, atividades e em especial nos mementos de troca
de correspondência dos afilhados com os padrinhos, nos possibilita uma leitura
da realidade dos mesmos. Sendo então constatada por esses diagnósticos, grande
defasagem de leitura e escrita tanto pelos pais quanto pelos estudantes. (LOPES)[3].
A AJENAI
atende um grande número de estudantes tanto da zona rural, como urbana, pois a
maioria dos que estuda na cidade de Jenipapo de Minas moram na zona rural do
município, o que demonstra que há ainda um longo caminho a percorrer para a
preparação desses educandos em bons leitores.
Quanto
à contribuição da AJENAI, para tornar os assistidos em bons leitores, fica
claro que:
A partir da
constatação citada, a AJENAI propôs desenvolver junto as escola o PROGAMA
“Cantinho dos Sonhos Itinerante”, uma ação de incentivo à leitura que leva até
as escolas um acervo de, em média 100 livros de literatura infantil e infanto-
juvenil, o qual permanece por um mês em cada escola. Nesse período são
desenvolvidas atividades diversas com os livros, inclusive empréstimo para
leitura com a família. A culminância do projeto se dá com a mostra dos
resultados envolvendo a comunidade escolar e a AJENAI. (LOPES).
Quanto
a participação da família ou sua omissão em se tratando da leitura juntos aos
filhos, ficou claro que sempre se tem mais de um fator a contribuir
negativamente como aponta a entrevistada.
Em muitos casos as
famílias são omissas por não dar a devida importância à escolarização dos
filhos, mas em outras situações isso ocorre devido às limitações da família
para esse acompanhamento.
Mas há uma parte
considerável das famílias que acompanham seus filhos. O Cantinho dos Sonhos tem
sido uma oportunidade para demonstração disso, pois a comunidade escolar é
convidada a se envolver em todo processo.
A participação da família
na vida na vida escolar dos filhos é sem duvida fundamental, no entanto é uma
relação que deve ser construída gradativamente e cultivada sempre. (LOPES).
Praticamente
todas as entrevistadas concordam que a família está deixando muito de sua
responsabilidade para os órgãos de ensino, que sua participação efetiva facilitaria tanto para os educadores
quanto no contexto familiar e por não dizer no contexto social. Para que aja
uma mudança positiva no âmbito escolar, se faz necessário a interação família
/escola, escola/família, e sociedade. Quando cada um desses representantes
atuarem de forma a assumir sua parte na educação de uma criança, a aprendizagem
se fará presente e todos serão beneficiados.
Afinal ser
educador não é assumir as responsabilidades de pai e mãe, e sim contribuir para
que essas relações sejam positivas. Como aponta Silveira:
“O
educador e o responsável por estimular o prazer de compreender, descobrir,
construir o conhecimento, curiosidade autonomia e atenção no aluno”. (SILVEIRA, 2010 P.01).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Tendo
em vista, que alguma das vezes; que fui substituir alguns colegas de profissão,
encontrei dentro de sala de aula, alunos já no 4° ano do ensino fundamental,
que não sabiam ler e escrever, procurei pesquisar sobre o assunto e para minha
surpresa, encontrei várias pesquisas sobre o tema e certo alarme quando se fala
em Minas Gerais, principalmente sobre as regiões mais pobres, não nego, não
contamos com o hábito de comprar livros; palavras cruzadas, gibis, não por não
querermos, mas por não termos ainda uma banca de jornal ou uma livraria, e
quando tentamos comprar pela
Internet,devido o preço altíssimo do frete, que muitas das vezes dobra o valor
comercial do livro, impossibilitando a compra.
Durante
a minha pesquisa sobre o que tem sido oferecido para acabar com a defasagem
quanto à leitura e a escrita, em
Jenipapo de Minas, percebi que infinitos esforços vêm sendo feito por suas
instituições de ensino para acabar com o analfabetismo, o que ficou exposto foi
a falta de compromisso das famílias em relação à educação escolar de seus
filhos, o que nos remete a uma pergunta, como preparar estes educandos para a
vida, diante de tantas ofertas perigosas, por exemplo, as drogas , pois devemos
ensinar nossos alunos a ler o escrito, mas temos uma responsabilidade maior , o
de ensiná-los a ler o mundo, e a fazer
melhores escolhas,o que nos remete aos Parâmetros Curriculares nacionais quando diz, que um dos objetivos gerais do
ensino fundamental é que o educando:
Compreenda a cidadania como
participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres
políticos, civis e sociais, adotando, no dia- a- dia atitudes de solidariedade,
cooperação repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o
mesmo respeito.
(PCN, LINGUA PORTUGUESA, v.2,p.07 1997).
Quando
um aluno passa de quatro ou mais anos em uma instituição de ensino e não
aprende a ler e escrever, sua auto – estima já esta totalmente comprometida, e
fica para a sociedade a sensação que a escola falhou e quando a escola falha;
muitos fatores são atribuídos para explicar, o que causou a falha, no entanto
como ajudar esses alunos que já se encontram com tal defasagem, em minha
pesquisa encontrei apoio em muitos teóricos como Piaget, Vygotsky, Magda
Soares, Paulo Freire, João Batista Freire, Luiz Schettini Filho, entre outros.
Que
nos apontam o quanto o professor deve estar preparado, para trabalhar com os
novos e velhos desafios em sala de aula. Trazer a família para mais perto da
escola, como percebi não é tarefa fácil, no entanto se faz necessário e
urgente, abrirem as portas das escolas de forma a atrair estes pais para junto
dos educadores, para que realmente haja uma alfabetização de qualidade.
Quando
escola e sociedade se unem em um propósito, vemos realmente mudanças, positivas
para os dois lados. A capacidade humana é imensa tanto para o bem quanto para o
mal, hoje infelizmente já somos conhecidos em rede nacional, não por nossos
avanços na educação, ou pelas ruas com calçamento, mas sim por estarem muito
próximas de nós as drogas, as últimas noticias sobre o Vale do Jequitinhonha no
Jornal Nacional, foi um alerta tanto aos pais quanto a professores, a reportagem
mostrou que Araçuaí cidade próxima de Jenipapo de Minas, está tomada por
usuários de Crack,( Droga que vicia já na primeira vez , quando consumida). Onde
como professora das séries iniciais, me pergunto, como evitar que os pequenos
de hoje seja um usuário amanhã. E assim concluí que ser professor é uma
responsabilidade enorme, que devemos investir em nosso trabalho para que nossos
educandos aprendam a ler e escrever, e principalmente saiba dizer não as
armadilhas da sociedade. E só conseguiremos alcançar a alma humana quando,
educação for, na prática sinônimo de valorização humana e estas duas estiverem de mão dadas, pois diante de tantas cobranças
no âmbito escolar, muitas escolas se esquecem do valor de um sorriso e de uma
lágrima de contentamento por uma vitoria muito sonhada.
Durante
a elaboração deste trabalho, tive como objetivo a finalidade de contribuir para
com a minha formação profissional e também contribuir para que futuros leitores
encontrem nas obras pesquisadas um subsidio para auxiliá-los no processo da
formação de futuros leitores. Segundo (GONÇALVES, p.82):
Pesquisar é descobrir, é desnudar o
que existe algo que ainda não foi trazido ao conhecimento. A pesquisa é um
micromundo humano e, portanto, tem um papel importante na construção das
ciências sociais e da vida como um todo. Não só as instituições de ensino, mas
toda e qualquer organização, evoluem pela busca contínua de conhecimentos já
produzidos e que possam ser aproveitados para solucionar suas dificuldades ou
aprimorar sua realidade. Para Demo (1988, p.50 apud GONÇALVES, p.82)“a
habilidade de pesquisa é, assim, o que há de mais prático no mundo moderno,
porque contém primordialmente a instrumentação da mudança”.
A
vida gira em torno de pesquisas, e se faz necessário para qualquer
empreendimento, principalmente para os profissionais da educação, porque assim
que um professor fecha esta porta em sua jornada ele estará se privando de ser
o principal elo entre o passado, presente e futuro. Para tanto, Não imagino o
mundo sem professor, pois ser educador é viver aprendendo enquanto se ensina, e
viver ensinando enquanto se aprende.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Parâmetros
Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa: de 1ª a 4ª
série, Secretaria de
Educação Fundamental. Brasília, 1997.
BIZZOTTO,
Maria Inês; AROEIRA, Maria Luisa; PORTO, Amélia. Alfabetização Linguistica: da
Teoria à Prática. 1ª edição Belo Horizonte: Dimensão, 2010. 141 p.
RAPOPORT,
Andrea et al. A criança
de seis anos: no ensino Fundamental. 1ª edição Belo Horizonte:
Mediação, 2009. 141 p.
SOUZA,
Renata Junqueira de (Org.). Biblioteca
escolar e práticas Educativas: O Mediador em Formação. 1ª
edição Campinas SP: Mercado de
Letras, 2009. 243 p.
PARREIRAS,
Ninfa. Confusão de
Línguas na literatura: O que o adulto Escreve e a criança Lê.
1ª edição Belo Horizonte, MG: Mercado de Letras, 2009. 181 p.
ESHETTINI
FILHO, Luiz. Pedagogia
da ternura. 2ªedição Petópeles, RJ: Vozes, 2010. 111 p.
FREIRE,
Paulo. Pedagogia da
Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo, SP:
Paz e Terra, 2010. 148 p.
GREGORIN FILHO, José Nicolau. Literatura Infantil: Múltiplas Linguagens na Formação de Leitores. São Paulo, Sp: Melhoramentos, 2009. 128 p.
FREIRE,
João Batista. EDUCAÇÂO
DE CORPO INTEIRO: Teoria e Prática da Educação Física. São
Paulo, SP: Scipione, 2010. 199 p.
MINGUET, Pilar Aznar et al. (Org.). A Construção do Conhecimento na Educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda., 1998. 181 p.
SOARES,
Magda. Linguagem e
Escola: Uma perspectiva Social. 17ª São Paulo, Sp: Atica, 2008.
181 p.
CARVALHO,
Marlene. Guia prático do
alfabetizador. 1ª São Paulo, SP. Ática 2005. 103 p.
[2] RAMALHO, Flávia Euzila, supervisora
que atua na Escola Estadual Padre Willy a quatro anos, contando uma experiência
de mais ou menos 16 anos em sala de aula nos anos iniciais do Ensino
Fundamental e Nível Médio.
[3] LOPES, Elizangela Pedroso. Coordenadora
da AJENAI (Associação Jenipapense de Assistência a Infância) e trabalha junto
as comunidade da Zona Rural de Jenipapo de Minas mais ou menos 12 anos e atende também a área urbana esporadicamente.